Um processo autárquico regional envolve milhares de cidadãos. Uma pequena freguesia chama à participação cívica dezenas de pessoas. O processo autárquico é um dos processos mais participativos e de longe o mais genuíno.
No primeiro degrau da política estão as listas às Assembleias de Freguesia. Candidatam-se a esta estrutura pessoas, na maioria das vezes, desinteressadas dos corredores da política e por amor à sua freguesia.
Na esmagadora maioria das vezes os candidatos aos órgãos locais municipais, Assembleia Municipal e Vereação, veem nesta oportunidade uma participação cívica para a sua cidade, tantas vezes com prejuízo pessoal e profissional. E, não, não é uma senha de cerca de 80 euros por sessão que compensa. É sim, o contributo a um projeto de construção de um projeto comum.
Esta caracterização torna inaceitável e questionável qualquer perseguição política, que a se concretizar, em qualquer tempo e modo, é inaceitável e merece o repúdio de todos nós, desde logo por denegrir a Democracia que é um legado conjunto. Lamentavelmente, por razões que possivelmente se prendem com resquícios feudais, medos e presas culturais, não há denúncias às instituições devidas.
Não é possível estimular a participação política, se os candidatos se sentirem pressionados, com o seu emprego ou empresa em risco; ou em sentido inverso, pela promessa de um emprego caso concorram pelo poder atual autárquico ou regional. Assim, não!
O futuro mais certo de uma sociedade desenvolvida é o de que esta continue livre para a participação cívica e democrática, quer pela integração em associações, por projetos políticos ou empresariais. Sem receios de manipulações ou de perseguições. Só assim crescemos. Caso contrário, ficaremos pequenos como as cabeças mesquinhas que veem na castração cívica e política sinais de liderança.