"Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas".
John Maxwell

É que nem mesmo os seus apanharam já a ideia. É que nem mesmo o Grupo Parlamentar que mais apoiará as (in)ações da Sra. Secretária Regional da Educação percebeu já qual é, afinal de contas, o modus operandi desta tutela governativa. E como o Grupo Parlamentar do PSD não compreendeu ainda qual a lógica desta sua filha parlamentar, (vai daí e) entalou-a novamente, que me perdoem os mais sensíveis leitores por esta forma de expressão. O facto de serem vários os professores que fazem parte da constituição desta bancada levará a que, naturalmente, sintam o mesmo que eu, presumindo eles que exatamente o mesmo será igualmente sentido pela sua capitã-mor. Esquecem-se, porém, que valores mais altos nortearão a conduta desta liderança, isto na sua própria perspetiva, como é evidente -o de agradar aos eleitores.
Clarifico então porque venho agora a terreiro com este tipo de afirmações. Ação governativa iniciada por um regulamento de concurso do pessoal docente que, tendo como único objetivo a muitos agradar, acabou relegando, cegamente, para um segundo ou terceiro plano quaisquer preocupações com os alunos e até de equilíbrio do próprio sistema. Entretanto, um ProSucesso espancado e abandonado num qualquer canto escuro, enquanto se cozinhava uma avaliação externa desastrosa, feita bem à medidinha da sua condenação, ficando-se assim sem este nem qualquer outro tipo de Programa que nos indicasse o caminho a seguir rumo ao sucesso educativo dos nossos alunos. Depois, a constância de redondos discursos de circunstância, apoiados em medidas de iguais características - circunstanciais, pois então. Eis-nos agora perante uma matriz de procedimento à qual se poderá apelidar, eventualmente e de entre muitas hipóteses, de camuflada delegação de responsabilidades.
Abram o olho, Sras. e Srs. Deputados do PSD, que quem vos avisa vosso amigo é! Imbuídos de um empreendedor espírito parlamentar, eis que mais uma nova recomendação ao Governo se apresenta, certamente sem que antes qualquer conversa com a própria governante tivesse ocorrido, desnecessário que seria, terão pensado. Pois enganaram-se! Teria sido necessário, afinal, para que o suor frio e a atrapalhação não ficassem tão expostos. Depois de, há poucos meses, este mesmo Grupo Parlamentar, ter também recomendado, em vão, que o Governo Regional elaborasse um plano destinado à recuperação das aprendizagens dos alunos na sequência do ensino à distância imposto pela pandemia, vem agora repetir o ato, parte dois, diria eu, com a recomendação de que se elaborasse um programa de combate ao bullying e cyberbullying. Pois bem, resposta pronta, imediata, como afinal outra não seria de esperar: vamos analisar a necessidade deste programa (???) e, nas escolas que o desejarem (???), avançar-se-á com um plano adequado à sua realidade! Pronto. Feito. Fácil assim, não?! E assim, sem mais, é arrumada a questão. Tratada assim - com a maior das levezas-de mais esta nuclear problemática para o nosso sistema educativo regional.
Cada cavadela, cada minhoca...