Opinião

Salário mínimo

Na semana passada o Conselho de Ministros aprovou mais um aumento do salário mínimo nacional. Quando, no final de 2015, o Partido Socialista formou Governo, o valor era de 505 €. Hoje é de 705 € no continente e 740 € nos Açores, por via da majoração regional. Um aumento de 200 € em 6 anos. Em 2015 assumimos como prioridades o aumento do rendimento das famílias e a revitalização das empresas e do investimento. Era, de facto, fundamental, que o país pudesse recuperar dos anos de devastação causada pelas políticas da direita e da troika, e devolver aos portugueses dignidade profundamente ferida pela receita de austeridade que teve como único resultado o agravamento da situação social e económica.

As políticas então implementadas pelo Governo do PS catapultaram Portugal para um ciclo de crescimento e desenvolvimento que viria a ser interrompido pela pandemia. Foi esse ciclo de crescimento que nos permitiu responder, ao longo dos últimos dois anos, com medidas de proteção do emprego e do rendimento e alargar, no seu catálogo e abrangência, os apoios sociais, reforçando, simultaneamente, o serviço nacional de saúde.

Hoje sabemos bem quem estará ao nosso lado em momentos de dificuldade e quem nos dirá para não sermos piegas e procurarmos melhor sorte além-fronteiras. Sabemos, ainda, a importância que o atual líder do PSD dá aos eleitores dos Açores. Ou será que já nos esquecemos?

Voltando ao aumento do salário mínimo, enquanto António Costa defendia a valorização do rendimento e a dignificação do trabalho como condição essencial para a revitalização económica, Rui Rio clamava que o aumento do salário mínimo apenas traria mais desemprego e mais falências. Errou. Estamos ainda em situação de pandemia e Portugal registou, no 3.º trimestre deste ano, a mais baixa taxa de desemprego dos últimos 16 anos - 6,1%.

O aumento do salário mínimo é uma das muitas medidas tomadas pelos governos do PS que se repercutiram, também, em benefício dos Açores.

Francisco César - O PS-Açores decidiu, através do órgão estatutariamente competente – a Comissão Regional, indicar Francisco César como cabeça de lista nas próximas eleições para a Assembleia da República. A expressiva votação a favor de mais de 85% dos membros daquele órgão traduz o apoio claro e inequívoco do órgão deliberativo máximo entre congressos.

Qualquer militante, simpatizante ou cidadão tem pleno direito de não se rever na escolha e de a contestar, mas quando a manifestação da discordância é feita com recurso à ofensa e ao insulto, ou à indagação sobre o futuro de alguém que é hoje uma criança, deixa de ser discordância para ser um ignóbil ataque.

Desejo que nesta campanha se possam discutir projetos, capacidades e competências. Que saibamos todos contribuir para um debate esclarecedor, travado com urbanidade e respeito pelos adversários.

Os Açores merecem.