Opinião

Mensagem de Natal e Ano Novo

Nas vésperas de mais um Natal, quero endereçar a todos os votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo pleno de Saúde, Paz e Prosperidade.

Este é mais um ano em que as circunstâncias relativas à pandemia voltam a condicionar a forma como nos preparamos e como celebramos estas Festas. Aliás, este foi mais um ano em que a vida de todos nós, quer individual, quer coletivamente, foi condicionada pela pandemia que teima em não ceder. Importa que, ao mesmo tempo que lidamos com essa realidade, não percamos a capacidade de planear, de projetar, de, em suma, ambicionar um futuro melhor como Povo e como Região.

Há alguns dias atrás, vieram a público dois factos que me parecem merecedores de realce, não tanto pelo que dizem em relação ao passado, mas, sobretudo, pelo potencial que ainda encerram em relação ao futuro.

O primeiro foi o relatório da Secção Regional dos Açores do Tribunal de Contas sobre o Programa PROSUCESSO, que, entre outras conclusões, afirma que a maioria das metas aí fixadas foram alcançadas com vários anos de antecedência.

O segundo foram os dados tornados públicos pelo Instituto Nacional de Estatística, no âmbito do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, que dão conta que, em 2020, os Açores foram a região do País em que o risco de pobreza mais diminuiu, foram a única região do País em que as desigualdades diminuíram e foram uma das regiões do País em que a taxa de privação material e social mais reduziu.

Estes dois temas têm associadas duas medidas de política regional, a saber, o Programa Integrado de Promoção do Sucesso Escolar – PROSUCESSO Açores pela Educação (2015), e a Estratégia Regional de Combate à Pobreza e à Exclusão Social (2018).

Não é este, seguramente, o tempo e o espaço para uma dissecação do teor, quer dos dados do INE, quer do relatório do Tribunal de Contas, nem para uma dissertação sobre essas duas medidas.

Fico-me, apenas, a este propósito, pela evocação de duas palavras e do significado que, quanto a mim, as mesmas encerram: Esperança e Confiança!

A primeira é Esperança. Porque o que estes dados demonstram é que, quer no insucesso escolar, quer na pobreza e exclusão social, não é inevitável, não é o destino, não é “mesmo assim”, que os Açores tenham de apresentar dados que nos colocavam na cauda do País. Mesmo tendo presente a multiplicidade de fatores que contribuem para estes resultados, o facto de, pela primeira vez, a Região Autónoma dos Açores obter esses resultados, demonstra que não há qualquer predeterminação, social ou outra, em termos de indicadores que quisemos, e ainda hoje queremos, melhorar.

A segunda é Confiança. Confiança em milhares de pessoas que, nas mais diversas posições e aos mais diversos títulos, contribuíram, pelo seu trabalho, pela sua dedicação e pelo seu esforço, para a obtenção destes resultados.

Se não há inevitabilidade ou predeterminação na situação que tínhamos, é importante também termos a consciência que não é inevitável nem predeterminado que os resultados se alterem para melhor. Essa melhoria faz-se de dedicação, de persistência, de resiliência, de trabalho e de paciência. Faz-se da convicção inabalável que é possível melhorar, que é possível sermos melhores, que é possível sermos os melhores.

Para mim, e se me é permitido resumir os atributos que fazem esses resultados, essas melhorias, elenco a Esperança, a Confiança e a Resiliência.

De tantos e tantos.

De muitos...

E é por isso que quero enaltecer todos aqueles que contribuíram para estes e para tantos outros resultados, quantas vezes “escondidos”. Que eles sirvam de incentivo para o que ainda falta fazer.

E termino como comecei: Para todos os Açorianos, onde quer que se encontrem, Votos de Um Santo e Feliz Natal e de um Ano Novo pleno de Saúde, Paz e Prosperidade!