Opinião

Mau recomeço

Qualquer mudança governativa carrega uma certa expectativa de novas medidas. Não foi o que aconteceu. Nesta segunda arrastada metade do mandato, a primeira grande notícia do governo de Bolieiro foi a nomeação de um familiar pelo seu cônjuge. O mea culpa de Bolieiro precisa ser consequente com quem decidiu. Mau recomeço ou renovação de inúmeras nomeações que indispuseram, pelo menos publicamente, alguns parceiros. Bolieiro desta vez não veio com latinices mal pronunciadas como a do errare humanum est. O problema foi persistir no erro.
Parece que pegou a má moda do Palácio de Santana servir de “sede partidária”. Numa das investidas da chantagem política de Ventura a Bolieiro, em Santana, a reunião serviu, então, para a “jura” de não haver familiares de membros do governo. Já na altura não era assim. Agora ainda é menos! Há dias, foi a vez de Montenegro ter ouvido o apoio de Bolieiro em pleno Palácio de Santana. Ao que isto chegou. É sempre caso para lembrar a história da árvore que nasceu torta … e piora com o tempo. Novo e mau recomeço.