O CDS é uma das principais vítimas da reconfiguração que a política portuguesa está a sofrer. O surgimento de concorrentes atirou-o para fora do parlamento nacional. O Chega e a Iniciativa Liberal cresceram à direita. Obviamente que, entre estes dois, há um mundo que os separa, mas ambos desejam basicamente o mesmo: disputar, a prazo, a liderança do espaço político que cabe ao PSD. Têm, para o efeito, estratégias muito distintas. O primeiro aposta tudo numa autoproclamada liderança providencial. O segundo na ideia aparente de ter novas ideias para velhos problemas. O discurso autoritário do primeiro esgota-se rapidamente. À medida que atrai uns, desilude outros tantos. Assim que conhecem de perto o “projeto”, fogem dele a sete pés. Quanto ao segundo, as aparentes novas ideias já foram, na maioria das vezes, testadas. Não são, por isso, novas e quando a dificuldade aperta, o Estado é, frequentemente, chamado a salvar a honra liberal. A disputa do mesmo espaço político faz destes quatro partidos rivais. Nesta equação, o PPM é um anacronismo que só nos Açores resiste à inevitabilidade.