No início desta legislatura nos Açores, os ouvintes desta crónica ouviram-me dizer por algumas vezes que o objetivo principal da atual coligação que nos governa não era nem os Açores nem os açorianos, mas sim a retirada do poder do Partido Socialista. Não o disse por interpretação e muito menos por invenção minha, disse-o porque o que aconteceu foi a reprodução do que alguns personagens desta coligação afirmavam ser o seu principal objetivo político (basta ler o Diário das Sessões da Assembleia Regional). E por muito que o neguem a verdade é que conseguiram alargar a todos os intervenientes da coligação, sem exceção, esta errada motivação que em nada dignifica o exercício de funções públicas.
Tanto assim é que por estes dias tivemos mais um exemplo desta errada motivação. Como conclusão de umas jornadas para análise de um documento tão importante como é o Plano e Orçamento da Região, aquilo que os três principais intervenientes preferiram fazer, não foi o de tentar valorizar e defender o documento que apresentam, mas sim, mais uma vez, atacar o Partido Socialista dos Açores destratando pessoalmente o seu líder.
Aliás, iniciar uma onda de ataques pessoais a responsáveis políticos do PS Açores deve ser a nova estratégia desta coligação. E aqui também não é uma questão de interpretação minha, basta ler e ouvir algumas opiniões proferidas por dirigentes e responsáveis políticos desta coligação um pouco por toda a região.
Passaram dois anos desta legislatura e quem ainda não virou a página foi a atual solução governativa. Continuam numa espécie de bolha de vaidades por terem atingido os seus objetivos pessoais que se esqueceram dos objetivos dos açorianos, das famílias açorianas, das empresas açorianas, de todas as instituições e organizações açorianas. No fundo, no meio das suas vaidades esqueceram-se da maior e melhor motivação que um político deve ter na nossa Região: os Açores!
(Crónica escrita para Rádio)