Num contexto global marcado por desafios políticos, Portugal assume-se como uma referência de conquistas desde a Revolução dos Cravos.

Enquanto o mundo enfrenta ondas de populismo, Portugal comemora 50 anos de caminho oposto, baseado em avanços democráticos e sociais notáveis.

Enquanto alguns líderes procuram a divisão, Portugal consolidou a sua democracia, com eleições livres e uma Constituição robusta que garante direitos, liberdades e garantias

Enquanto a desinformação e as fake news minam a confiança, o País regista, desde 1974, uma redução significativa da pobreza, resultado de políticas sociais que foram melhorando as condições de vida.

Enquanto o autoritarismo ameaça as instituições democráticas, Portugal deve reforçar o seu compromisso com a democracia e a separação de poderes. Este princípio fundamental não apenas protege as instituições, mas também assegura a equidade e a justiça para todos.

Enquanto a polarização política divide nações, deve Portugal apelar à unidade em torno dos valores democráticos que garantem a voz de todos e de cada um na sociedade.

Enquanto líderes populistas avançam com discursos divisivos, os portugueses devem reafirmar a importância da união e da diversidade, entendendo que a força de um país reside na solidariedade entre seus cidadãos e na valorização das suas múltiplas identidades.

No meio das sombras do extremismo, Portugal, apesar de todos os desafios que ainda faltam ultrapassar, vai sendo exemplo com aquilo que foi conquistando, reafirmando ao mundo que a democracia é a chave mestra para se prosperar e avançar, com desenvolvimento social e com respeito aos direitos, às liberdades e às garantias de todos.

O 25 de abril de 1974 deve continuar a ser uma inspiração não apenas aos portugueses, mas a todos aqueles que ambicionam um futuro mais justo e livre.

(Crónica escrita para Rádio)