8 meses foi o tempo que o Governo dos Açores precisou para começar a limpeza e desmatação do troço que liga o Cabo do Raminho à Mata da Serreta.
Não deixa de ser chocante que em resposta aos deputados do PS da Terceira tivesse sido negada a possibilidade de intervenção naquele troço enquanto se mantivesse a situação de crise sísmica. Foi essa a desculpa.
Dá-se o caso que a intervenção começa depois de em junho o CIVISA ter subido o nível de alerta de V2 para V3, o que é naturalmente um contrassenso. Fica por isso claro que nada obstava a que a intervenção tivesse ocorrido há muito mais tempo, e que as desculpas apresentadas não eram mais do que atirar areia para os olhos dos terceirenses.
Pelo caminho ficaram as repetidas e já esquecidas promessas e, por isso, continua o caminho alternativo por asfaltar e eletrificar e os agricultores por indemnizar.
Todos estes meses sem nada fazer foram a prova de que, por inércia do Governo dos Açores, a população do Raminho, Serreta, Doze Ribeiras e Santa Bárbara esteve ao abandono por parte das autoridades regionais que ignoraram e negligenciaram as dificuldades acrescidas sentidas pelos terceirenses que por ali circulam, nomeadamente agricultores e estudantes, mas também por turistas e empresários deste sector.
Estudos e mais estudos, promessas e mais promessas, mentiras e mais mentiras.
Agora que todos os caminhos vão dar à Serreta, por conta das Festas em homenagem a Nossa Senhora dos Milagres, eis que o Governo cai em si e põe máquinas no caminho. Foi puro desinteresse e desconsideração!
Os que até agora foram esquecidos: não esquecerão!