A Ilha Graciosa está a atravessar um período de seca como já não acontecia há muito tempo.
A escassez de água leva à ausência de pasto e esta à escassez de alimento para os animais que, segundo tem sido dito, já está a acontecer a grande parte dos produtores da Graciosa.
As pastagens estão secas, o milho destinado à silagem também sofreu uma quebra e o que foi guardado para o inverno já foi ou está a ser consumido.
Muitos agricultores Graciosenses desesperam e advinham dificuldades no futuro próximo e, dada a circunstância desta situação afetar outras ilhas, não acreditam na possibilidade de se arranjar soluções internas.
Esta seca não está a afetar da mesma maneira todas as ilhas, mas a Graciosa é, de facto, uma das mais afetadas.
Com um efetivo de cerca de 7 mil bovinos, uma parte destinada à produção de leite, esta situação é gravíssima e urge arranjar soluções o mais rapidamente possível.
O Secretário Regional diz que está atento e que vai reunir com a Federação do sector. Não sou contra a efetivação dessa reunião, mas o que se exige ao governante é que vá à Graciosa, em primeiro lugar, e fale com os agricultores locais e os seus representantes para, em conjunto, encontrarem soluções.
É isso que se pede que o Governo faça e sem perder tempo, porque o caso é demasiado sério.