O Governo dos Açores afirmava, de forma recorrente, que a situação financeira da região era estável e que se recomendava.
Mas, consultando o Banco de Portugal, o que se vê é o crescimento da dívida.
No final de 2019, a dívida da administração regional dos Açores, segundo aquela instituição, era de mil e novecentos milhões de euros e no terceiro trimestre de 2024 já tinha crescido para três mil e trezentos milhões de euros, vejam só.
Em apenas quatro anos este Governo fez crescer a dívida da região mil e trezentos milhões de euros. É obra.
É por isso que José Manuel Bolieiro tenha vindo a público dizer que tem os cofres vazios e ande de mão estendida em Lisboa e parece que agora em Bruxelas.
E o mais grave de tudo isto é que a Região tem ao seu dispor mais dinheiro do que nunca da União Europeia, apesar de estarmos perante uma oportunidade perdida.
A Sata tem vindo a piorar as suas contas, mês após mês, apesar dos esforços dos seus trabalhadores.
As Escolas estão a ser subfinanciadas. Não há dinheiro para a alimentação dos alunos nem para o material escolar.
As unidades de saúde estão asfixiadas em termos financeiros e quem paga são os doentes que são mal servidos e não recebem os reembolsos a que têm direito.
As associações profissionais, apesar de estarem a prestar serviços aos seus associados no lugar do governo, estão sujeitas a cortes no financiamento. Há associações que estão com enormes dificuldades, perante a indiferença do Governo.
Os agricultores e os pescadores demoram a receber o que têm direito.
Os Clubes recebem o que está contratado com meses de atraso, causando enormes dificuldades aos seus dirigentes.
O investimento público está dificultado pelos atrasos. Há investidores, por vezes pequenos investidores em ilhas também pequenas, que estão a desistir, simplesmente, devido aos incumprimentos do Governo. O Solenerge também foi uma tormenta para quem concorreu.
Há quem tente impingir a ideia de que se vive melhor agora, não sei como nem aonde.
Uma coisa é certa, os governos da coligação anunciaram que queriam fazer diferente e fazem-no, de facto, mas para pior.