Num jantar comício no concelho da Lagoa, perante cerca de três centenas de simpatizantes e militantes socialistas, o Presidente do PS/Açores comprometeu-se a continuar a trabalhar com o mesmo empenho e renovada dedicação em prol do desenvolvimento da Região.
Para o Presidente do Partido Socialista/Açores, a escolha nas eleições Regionais do próximo dia 17 de Outubro é entre a continuidade da enorme obra feita, “que nem mesmo todos os ataques da Oposição podem apagar da memória dos Açorianos”, e a incerteza de um projecto inconsistente, que joga a afinidade com a cor política do Governo da República como um dos seus maiores trunfos. “Ou somos autónomos, honrosamente autónomos com o Partido Socialista, ou somos governados indirectamente por Lisboa. Ou continuamos a andar para a frente, ou ficam eles sem saber que caminho tomar”, disse Carlos César, num jantar comício ontem, na Lagoa, que congregou cerca de três centenas de pessoas.
Na altura, o líder dos socialistas açorianos elencou as diferenças entre o projecto do PS/Açores e as ideias da Coligação. “Precisamos de ter nos Açores estabilidade, segurança, confiança, competência, gente que sabe o que faz, com o Partido Socialista”, referiu Carlos César, acrescentando que “o que vemos do lado dos nossos adversários é uma coligação de gente que não se entende, com um projecto dependente do Continente, com um embrulho de promessas e contradições para todos os gostos e com um líder em quem nem sequer todo o seu próprio partido acredita.”
“Para eles estas eleições são como um jogo, para nós são a continuidade de um projecto que deu progresso aos Açores e que não pode parar. Por isso, quando virem em jornais sondagens encomendadas a empresas de vão de esquina, como as que apareceram antes das Europeias a dar a vitória ao PSD, pensem que eles ganham nos jornais, mas nós ganhamos nas eleições”, disse ainda o líder dos socialistas açorianos.
Na Lagoa, César traçou também os desafios para a próxima legislatura e lembrou toda a obra feita nos últimos oito anos. Uma obra que “mostra que o PS foi melhor do que o PSD” e que “impediu que chegassem aos Açores os efeitos terríveis da recessão e da crise económica e social” que atingiram o Continente, que demonstram também que “o Governo do Partido Socialista nos Açores é também melhor do que o Governo da Coligação no Continente.”
O Presidente do PS/Açores lembrou o investimento efectuado na formação profissional, na criação de emprego, no incentivo à iniciativa privada, na modernização do sector agrícola, na melhoria de condições de trabalho dos profissionais da pesca, no incremento do Turismo e na melhoria das condições de vida da população em geral.
Para os próximos quatro anos, Carlos César comprometeu-se a continuar a fazer crescer a Economia, consolidar a Agricultura e as Pescas, continuar a apostar na Educação e na Formação, na atracção do investimento externo, e a melhorar os níveis de protecção social e de emprego, fixando a fasquia na criação de 2 500 novos postos de trabalho por ano. Outros desafios a que se propõe Carlos César para os próximos tempos serão continuar a apoiar mais as ilhas mais frágeis, a apostar no desenvolvimento de uma política sustentada de transportes, dar prioridade ao combate a fenómenos como a toxicodependencia e a violência doméstica, e conseguir mais fundos comunitários no próximo Quadro Comunitário de Apoio.
Sobre o relacionamento com o Governo da República e com as autarquias de outras cores políticas, César disse que continuará a trabalhar com o mesmo espírito de cooperação com que o fez nos últimos anos. “Não me venham com problemas de que o Governo Regional não se dá com o Governo da República ou de que o Governo Regional do PS não se dá com as câmaras municipais do PSD. (...) Está claro que me dou muito bem com muitos presidentes de câmaras eleitos pelo PSD na Região, que não estão dispostos a servir de peões para um jogo de partidos políticos antes de eleições e que colocam em primeiro lugar os interesses da sua terra”, referiu.
“No dia 18 de Outubro, depois da nossa vitória, as câmaras municipais do PSD vão pedir a nossa colaboração e, como sempre, tê-la-ão. A Oposição vai continuar a exercer em liberdade e em democracia os seus direitos e os seus deveres. E o dr. Santana Lopes antes de reunir em Santana vai ligar para o meu telemóvel a dar parabéns a dizer que quer colaborar e que aquilo era tudo conversa antes e própria de uma campanha eleitoral”, disse ainda Carlos César.