Projecto SCUT de S. Miguel permite antecipar investimentos estruturantes

PS Açores - 15 de dezembro, 2006
O presidente do Governo Regional dos Açores garantiu, hoje, a sustentabilidade, em termos de finanças regionais, do projecto SCUT da ilha de S. Miguel, considerando que a sua execução permite “antecipar e conciliar investimentos estruturantes”. Na assinatura, em Ponta Delgada, do contrato da construção, exploração, conservação e financiamento dos troços previstos no empreendimento, Carlos César acrescentou que, embora constituindo a maior obra pública lançada nos Açores, os encargos do projecto SCUT de S. Miguel representam, apenas, um custo médio anual para a Região correspondente a 3,7 por cento dos investimentos previstos no Orçamento de 2007. “Se projectarmos, para o período (de pagamento das respectivas rendas) uma taxa de crescimento médio anual do produto interno bruto (PIB) real nos Açores de 2,5 por cento, a prestação, em 2013, (ano em que atingirá o seu valor máximo estimado) representará apenas 0,6 por cento do PIB, e não mais de 0,1 por cento do PIB em 2036”, garantiu. O projecto SCUT de S. Miguel, entregue a um consórcio liderado pela Ferrovial Infraestructuras, SA, prevê a construção de estradas novas numa extensão de 50 quilómetros, a beneficiação de vias com 32 quilómetros e a gestão, pelo concessionário, de outros troços numa extensão de outros 12 quilómetros. O investimento será executado num prazo de cinco anos, representando um encargo global de 325 milhões de euros, com uma prestação média anual de 13 milhões de euros. “A concretização plena do projecto permitirá que, a partir de Ponta Delgada, as ligações ao Nordeste e Povoação se possam fazer em 45 a 50 minutos e, entre Ponta Delgada e Vila Franca do Campo, em menos de metade do actual tempo de viagem”, explicou o presidente do Governo. Segundo Carlos César, o investimento hoje contratualizado “não constitui apenas uma alteração, ainda que de grande dimensão reformista, na estrutura rodoviária da ilha de S. Miguel”, traduzindo-se, também, no reforço do “potencial de crescimento existente no triângulo Ponta Delgada/Lagoa/Ribeira Grande, que é um dos principais pólos de desenvolvimento da economia regional”. A sua concretização contribuirá, ainda, para “reforçar os níveis de convergência com as médias nacionais, em termos de produção e rendimento”, acrescentou. O chefe do executivo aludiu, igualmente, à complexidade do processo relativo a um empreendimento em que a Administração Regional se orientou sempre pelo objectivo de “maximizar o seu resultado líquido, em termos qualitativos e quantitativos, do ponto de vista social, económico e de sustentabilidade ambiental”. Referiu-se, ainda, às credenciais do consórcio a que o projecto SCUT de S. Miguel foi concessionado - um dos maiores grupos mundiais concessionário de auto-estradas e maior construtor europeu de vias rodoviárias - realçando o empenho no projecto de Roberto Amaral, secretário regional da Presidência para as Finanças e Planeamento nos VII e VIII governos, José Contente, secretário regional da Habitação e Equipamentos, e Sérgio Ávila, vice-presidente do Governo. Carlos César lembrou, por último, as dificuldades criadas ao projecto, atribuindo algumas delas a “políticos e analistas despeitados, que tudo fizerem, dentro e fora da Região para atrapalhar e atrasar o empreendimento”. GaCS/AP