O presidente do Governo Regional dos Açores defendeu, hoje, que Portugal deve dar prioridade, na sua política externa, às relações euro-atlânticas, em detrimento de uma estratégia africana ou de questões associadas ao Tratado da União Europeia.
Depois de um encontro no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, com a eurodeputada Ana Gomes, Carlos César acrescentou que o Pais deve assumir o papel de relevo que lhe cabe nas relações entre a Europa e a América, declarando ter pena do “receio” evidenciado por Portugal nesta matéria.
Lamentou, por isso, que sucessivos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros não tenham assumindo uma tal prioridade, adoptando apostas umas vezes dirigidas para África, outras para o interior da União Europeia.
O presidente do Governo Regional afirmou, ainda, acreditar que um maior envolvimento do Estado Português no apoio às propostas açorianas permitiria obter mais e melhores ajudas dos Estados Unidos à Região, no âmbito do acordo das Lajes.
Num comentário ao acordo em vigor, disse, igualmente, ser “suficientemente genérico para poder ser bom, ou menos bom, dependendo da forma como, no dia-a-adia e no desempenho dos organismos de cooperação bilateral, é tratado e desenvolvido”.
Considerou, ainda, pouco provável a hipótese de os Estados Unidos voltarem a pagar uma “renda” pela utilização da Base das Lajes, embora reconhecendo que esta estrutura tem “muito a dar” em termos da projecção atlântica norte-americana.
GaCS/AP