O presidente do Governo Regional dos Açores alertou, hoje, para a necessidade de se “agir” para que os objectivos do 25 de Abril – mais igualdade, mais oportunidades e mais direitos – sejam mais concretizáveis no dia-a-dia.
“Mais do que falar, falar”, importa “agir e agir bem” nos Açores para a concretização dos ideais da Revolução de há 33 anos e para fazer passar a mensagem de Abril aos jovens e às famílias, acrescentou Carlos César, que celebrou a efeméride com a entrega de onze habitações construídas pelo Governo para realojar outros tantos agregados familiares em duas zonas residenciais da ilha de S. Miguel – Valados (Relva) e Santa Bárbara, de Ponta Delgada.
As habitações em causa, entregues as famílias com dificuldades económicas, algumas delas beneficiárias do Rendimento Social de Inserção(RSI), vão acolher um total de 60 pessoas.
Numa intervenção em Santa Bárbara, o chefe do executivo sublinhou que as casas hoje entregues não são “casas de pobres como antigamente se fazia”, construindo-se, hoje, nos Açores, moradias de “qualidade para cidadãos que precisam de apoio, mas que têm tanto direito, como outros quaisquer, a habitação condigna”.
Carlos César sublinhou que dar condições para que seus os moradores possam iniciar uma nova vida constitui a melhor forma que encontrou para celebrar o 25 de Abril, recordando o “entusiasmo” que o animou no período subsequente à Revolução.
Referindo-se aos ideais de mobilização desencadeados pela Revolução dos Cravos, o chefe do executivo açoriano desafiou a população a continuar a aderir às causas cívicas, assegurando que “hoje os açorianos, nos Açores, só ganham dizendo o que pensam”.
Realçou a participação de milhares de pessoas, em todas as ilhas, em actividades de carácter social e cultural e na construção da Autonomia e o privilégio que as instituições têm de “dar um sentido à Democracia”, procurando realizar, no dia-a-dia, o caminho traçado pelo 25 de Abril – garantir o direito ao emprego e o acesso generalizado à educação, à saúde e à habitação.
Esse caminho tem sido uma preocupação constante do Governo Regional, garantiu, ao destacar o particular empenho na área da habitação, essencial para a promoção social e protecção das famílias.
Para ilustrar o desempenho do seu executivo neste sector, indicou que, durante a actual legislatura, serão executados ou iniciados 1.500 fogos pelo regime construção a custos controlados e 400 destinados ao realojamento de famílias carenciadas.
Carlos César referiu-se, ainda, à necessidade de fortalecer a Autonomia Regional e os poderes do Parlamento, de se ter uma oposição “menos trivial”, não servindo apenas para “fazer chacota”, mas constituindo uma alternativa” e de um Governo mais “inconformista”.
É preciso, igualmente, que o espírito do 25 de Abril “também ilumine aqueles que decidem no País, aqueles que têm responsabilidade nos órgãos de soberania e que têm, ainda, um grande défice político e intelectual de convicções em matéria autonómica”, concluiu, numa intervenção em que se manifestou especialmente satisfeito em contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas beneficiadas com a entrega das suas novas moradias.
Acompanhado da mulher, Carlos César visitou algumas das moradias e dialogou com os respectivos moradores.
GaCS/AP