O Presidente do Governo dos Açores, Carlos César, considerou, que o discurso do Presidente da República nas celebrações de hoje do 10 de Junho veio dar “um estímulo a todos quantos, particularmente nos Açores, têm insistido para que Portugal, sobretudo no semestre em que assume a Presidência da União Europeia, valorize mais impressivamente a sua qualidade de País marítimo, arquipelágico e atlântico”.
O Presidente açoriano afirmou compreender a emergência de aspectos como a revisão do tratado da União ou, até, o interesse de se dar um novo impulso às relações euro-africanas, mas afrimou que “a politica marítima e para os oceanos, como, aliás, a acentuação da atlanticidade na projecção externa europeia, devem constituir os elementos da imagem de marca da presidência portuguesa e, no dia a dia da governação do País deve ter, como repetida e insistentemente tenho dito, outra ênfase”.
Carlos César disse estar satisfeito pelo alerta de Cavaco Silva e espera que o Presidente da República, visitando ainda este ano os Açores, “ também acentue o valor enorme que a Região Autónoma, na sua localização e expressão territorial, incluindo a vasta zona marítima que lhe está adstrita, representa para Portugal”.
“É necessário que os políticos não procedam como se o País não fosse além de um rectângulo ibérico periférico e mais não esperasse do Mar do que os seus efeitos nas orlas costeiras”, alegou.
Sobre a constituição do líder do PSD/Açores, Costa Neves, como arguido do caso Portucale, o chefe do executivo açoriano afirmou não ter acompanhado com atenção a natureza e os pormenores públicos da investigação, nem conhecer a acusação.
Carlos César afirmou, porém, que está “confiante que o desenvolvimento do caso apurará a verdade e que tudo corra pelo melhor ao dr. Costa Neves. O dr. Costa Neves não foi nem seria grande coisa como governante, mas não tenho dúvidas que é uma pessoa honesta”.
GACS/AP