O Vereador do PS na Câmara Municipal de Ponta Delgada (CMPD), José San-Bento, afirmou na passada Terça-feira, em reunião da vereação, ser "errada e falaciosa a estratégia de luta contra a insegurança que está a ser delineada pela Presidente Berta Cabral".
O Vereador do PS considerou que as medidas anunciadas recentemente pela Presidente de Câmara "representam o adiar de soluções concretas, fuga às responsabilidades e rendição ao conformismo." O Vereador do PS afirmou ainda que "a segurança de pessoas e bens não decorre apenas do maior ou menor policiamento, mas de um conjunto de factores entre os quais alguns são responsabilidade das Câmaras como são o caso da exclusão social, a degradação habitacional, realojamentos habitacionais onde predomina a concentração de pobreza e famílias desestruturadas, a degradação do espaço público, a falta de iluminação e a desertificação dos centros urbanos, entre outros".
José San-Bento acrescentou também que "a Presidente de Câmara esquece-se que Ponta Delgada tem cerca de 27% da população dos Açores mas regista mais de 50% da criminalidade, perante estes dados, que se verificam desde 2003, fazer crer que a responsabilidade desta situação é da Assembleia da República, pelas alterações introduzidas no Código Penal que entraram em vigor há cerca de três meses, é demagógico. Ninguém diria que a Presidente de Câmara de Ponta Delgada é vice-presidente de um dos dois partidos que negociou o pacto da justiça."
O Vereador salientou que "a CMPD deveria procurar ser parte activa de soluções para aumentar os níveis de confiança e segurança das populações. Optar pelo envio de cartas a Órgãos de Soberania serve apenas para aliviar consciências e fugir aos problemas." José San-Bento defendeu que "as prioridades da CMPD devem ser a estruturação de uma política social que dê respostas aos diferentes grupos sociais de risco e o reforço da pressão política exigindo o reforço do quadro de efectivos da PSP". Todavia, na opinião do Vereador socialista "a situação mais urgente que enfrentamos em Ponta Delgada prende-se com a necessidade de apresentarmos uma resposta para melhorar a segurança de muitos idosos que vivem sozinhos em locais de maior risco. Em 2005 propusemos realizar um levantamento desses casos visando equacionar a instalação de tele-alarmes nas casas desses idosos mais expostos à insegurança. Infelizmente em mais de dois anos a Presidente de Câmara não deu um único impulso a esta proposta do PS ".