O presidente do PS-Açores disse hoje ser adepto de uma autonomia dinâmica, defendendo que o actual quadro constitucional é, com ligeiras alterações, sustentável para o exercício adequado de descentralização política e de auto-governo que se pretende praticar na Região.
Afirmando haver matérias em que é preciso progredir mais – por exemplo na área da segurança, na qual admite até a criação de uma polícia regional – Carlos César sustentou que, por outro lado, existem sectores que dispensam o exercício de mais competências regionais, o que já levou à recusa açoriana de regionalizações na justiça e na administração fiscal.
Ou seja, disse, “a autonomia deve ser gerida no contexto do estado português, em ordem a permitir o melhor governo possível nas regiões insulares. E é com essa liberdade de espírito e sem obedecer a dogmas e a classificações aparentemente rígidas e imutáveis que se deve prosseguir na construção de um estado português coeso, que é parcialmente unitário e parcialmente regional”.
Carlos César respondia, assim, a perguntas de jornalistas sobre a hipótese, defendida por um político madeirense, da criação de um estado federado em Portugal, e vincou não ter “terrores, quer sobre a acção potencialmente melíflua duma administração central, quer sobre as tendências particularmente perigosas duma administração regional.”
“Vivo confortavelmente no meu país”, disse ainda.
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