Confiante nas medidas do Governo, bancada do PS/Açores critica falta de preparação do PSD

PS Açores - 30 de janeiro, 2009
O líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores mostrou-se hoje confiante nas medidas do Governo Regional para minimizar o impacto na Região de uma crise financeira e económica internacional “que nem os mais reputados economistas conseguiram prever com esta dimensão”. Hélder Silva falava, no plenário da Assembleia Legislativa, numa sessão de perguntas ao Governo Regional promovida pela bancada do PS/Açores, com o objectivo de permitir que os açorianos percebam melhor as medidas, recentemente, anunciadas pelo Governo de Carlos César. Pela voz de Francisco César, a bancada socialista criticou, ainda, a falta de seriedade com que o PSD/Açores encarou esta sessão de perguntas no Parlamento, mostrando uma falta de preparação dos temas e de interesse em esclarecer, verdadeiramente, as empresas e famílias dos Açores. “A nossa preocupação, como sempre, é que os açorianos estejam informados sobre o que o seu Governo está fazer e, deste modo, se sintam tranquilos e confiantes na situação económica da sua região”, disse Hélder Silva perante os deputados açorianos. Hélder Silva destacou, também, a relevância manifestada pelo Governo Regional suportado pelo Partido Socialista nas questões relativas à manutenção do Emprego, alegando que se trata de uma condição essencial para a estabilidade financeira e social das famílias açorianas. Uma posição também partilhada pelo deputado José Rego, presidente da Comissão Parlamentar de Economia, para quem a Região Autónoma dos Açores, pelas suas características económicas e sociais, foi poupada aos efeitos da crise internacional e nacional durante um certo período de tempo. “As empresas regionais estiveram expostas à crise externa de uma forma mais saudável”, uma vez que tiveram acesso a um conjunto de medidas que permitiram essa realidade, realçou o deputado do PS/Açores. Medidas estas – referiu o parlamentar socialista - como o preço dos combustíveis reduzidos e diferenciados para os diversos sectores da actividade económica; taxas de impostos mais baixas; variações inferiores no consumo, fruto da confiança dos consumidores; manutenção do emprego e investimento público realizado ao longo de anos e os programas de incentivos. Para José Rego, estes instrumentos “levaram a que a região fosse poupada durante um longo período de tempo, quando muitos queriam que a crise chegasse aos Açores desde que saíram do poder”. Também se pode afirmar que, com a redução das taxas de juro, dos combustíveis e das matérias-primas, aumento do rendimento das famílias e a descida da inflação, bem como o pagamento antecipado das comparticipações do SIDER, os Açores podem recuperar mais cedo da crise internacional, porque os efeitos no consumo se irão sentir mais rapidamente, considerou o presidente da Comissão de Economia. Além disso, a classificação dos Açores por uma Agência de Ratting leva a que a região tenha credibilidade para o acesso ao crédito, podendo propor linhas de crédito para as empresas, que são mais acessíveis, céleres e favoráveis para os empresários. Durante a sessão, o deputado Francisco César, também da Comissão de Economia, destacou, ainda, a importância da linha de crédito bonificado para redução dos encargos financeiros bancários, frisando que permite a reestruturação do crédito das empresas ultrapassar com dificuldades com a recente crise.