Carlos César disse hoje que, para além de um ensejo para os socialistas revigorarem a liderança de José Sócrates, num momento muito difícil para o país, a eleição de delegados ao XVI Congresso do PS configura, para os militantes açorianos, “uma oportunidade para prestarem homenagem a um líder do Partido Socialista que se bateu com muita coragem, com muita firmeza e sem hesitações a favor do ponto de vista do PS-Açores, designadamente no processo de revisão do estatuto de autonomia dos Açores.”
O presidente do PS-Açores falava aos jornalistas logo após ter exercido o seu direito de voto e acrescentou que José Sócrates “é, também, o líder do Partido Socialista que, à frente do Governo da República, fez a revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas – que veio finalmente fazer justiça às comparticipações financeiras, a título de solidariedade nacional, feitas pelo Estado, para o nosso desenvolvimento – e é por isso aquele que nós escolhemos para liderar a candidatura do Partido Socialista nas próximas eleições para a Assembleia da República, em que desejamos e contamos obter uma vitória por maioria absoluta.”
Carlos César saiu também em defesa de José Sócrates, de quem disse estar a ser alvo de uma campanha no sentido de o denegrir. Uma campanha, acrescentou, a que o líder nacional do PS tem reagido com muita energia e com grande força, o que lhe granjeou o reforço da simpatia de muitos portugueses.
Não há razões para a Igreja Católica protestar contra o casamento de homossexuais
Respondendo a uma pergunta sobre a sua posição em relação ao casamento de homossexuais, o presidente do PS-Açores frisou que é subscritor da moção apresentada por José Sócrates e, consequentemente, das medidas nela preconizadas e dos valores que representa.
Carlos César disse que essa questão representa um valor de liberdade, não vendo razões para, por exemplo, a Igreja Católica protestar por isso ou dizer que não se deve votar no Partido Socialista porque defende o casamento entre homossexuais.
“Há tantos, tantos católicos que não estão de acordo com o comportamento de alguns sacerdotes, que não estão de acordo com decisões dos bispos, com decisões do Papa ou que não subscrevem a liturgia da Igreja Católica, mas que não vão deixar de acreditar em Deus por causa disso, nem de frequentar a igreja. Portanto, pede-se aos senhores bispos que tenham para connosco a mesma tolerância que nós temos para com eles.”
Ouvir declaração de Carlos César