O candidato do PS/Açores ao Parlamento Europeu, defendeu esta noite, em Angra do Heroísmo, um “modelo social de mercado” que faça jus a uma das “grandes conquistas” da Europa que é a protecção social dos seus cidadãos.
“Estou convicto que este é um dos grandes pontos desta campanha, também com implicações directas nos Açores”, salientou, perante uma sala cheia de dirigentes associativos, militantes e simpatizantes, representando as 30 freguesias da ilha Terceira.
Lembrando a crise financeira e económica mundial que se instalou à escala global, o candidato do PS/Açores interrogou: “será que queremos dar força a uma direita que protegeu a ganância especulativa financeira e esqueceu a protecção das empresas e do emprego”?
Pelo contrário, defendeu um modelo social de mercado que “controle a finança e a ponha ao serviço das empresas e do emprego, que permita uma Europa mais justa e equilibrada, que relance a economia”, acrescentando que “agora é tempo de recolocar as pessoas onde nunca deviam ter saído: o centro das preocupações dos decisores e das instituições comunitárias”.
Outro tema abordado por Luis Paulo Alves prende-se com dois pilares do tecido produtivo açoriano: a agricultura e as pescas.
No primeiro caso alertou para a necessidade de “não ficarmos inactivos” perante o anunciado desmantelamento das quotas leiteiras e defendeu que, “como Região sensível que somos, precisamos de um acompanhamento especial por parte da União Europeia” para imprimir “ritmos ainda mais fortes no sentido da convergência na nossa competitividade”.
Quanto à política comum de pescas, o candidato do PS/Açores defendeu a reintrodução dos mecanismos de acesso às zonas de pesca, “conferindo prioridade às frotas das respectivas regiões”.
Luis Paulo Alves falou ainda do “novo paradigma energético”, advogando mais apoios da União Europeia, no quadro da Ciência e Tecnologia, para a aposta nas energias renováveis, área em que os Açores têm grandes potencialidades.
As ciências do mar “são outra das áreas em que o conhecimento nos confere absoluta centralidade” e que merecem mais apoio, sublinhou.
A terminar, o candidato do PS/Açores defendeu o ERASMUS UNIVERSAL, mecanismo que permitirá “aos nossos estudantes, pelo seu talento e sem constrangimentos de ordem financeira, ter acesso a este programa de intercâmbio de conhecimento”.
O secretário coordenador da ilha Terceira do PS, Sérgio Ávila, que também teve uma intervenção no jantar-comício, realçou as diferenças de projecto, de capacidade e “força da razão” entre as candidaturas apresentadas pelos Açores e sublinhou o facto de “o ainda maior partido da oposição” ter cedido “às pressões do centralismo de Lisboa”, aceitando retirar o candidato escolhido e anunciado publicamente, para o substituir por outra pessoa em nome da paridade de sexos nas listas, quando a lista nacional desse partido prova que tal não era necessário, por essa paridade já estar respeitada.
Por isso, realçou, “o que está em causa nestas eleições não é só termos o melhor candidato, o melhor projecto, o melhor trabalho, a força da razão e o coração da razão: o que está em causa nestas eleições é, também, o respeito pelos Açores”.