O cabeça-de-lista do PS/Açores às Eleições Legislativas de 27 de Setembro, Ricardo Rodrigues, lembrou hoje o “garrote financeiro” imposto aos Açores quando Manuela Ferreira Leite era ministra do Governo da República do PSD.
“Manuela Ferreira Leite, enquanto ministra, trouxe um garrote financeiro aos Açores. Tivemos quase a parar obras, porque o estrangulamento financeiro do Governo de Manuela Ferreira Leite não nos permitia avançar e arranjar dinheiro de outras formas. Nós, com a competência de Carlos César, conseguimos dar a volta e ser imaginativos”, recordou Ricardo Rodrigues.
O candidato socialista à Assembleia da República falava na inauguração do Centro de Voluntários do Movimento “Sócrates 2009”, na Avenida Infante D. Henrique, em Ponta Delgada.
Para Ricardo Rodrigues, os açorianos devem, assim, fazer um exame retrospectivo entre os benefícios para os Açores proporcionados pelo executivo de José Sócrates e a actuação negativa dos governos do PSD para as ilhas.
Depois de destacar a cooperação entre os governos socialistas dos Açores e da República, Ricardo Rodrigues salientou que a “refundação da Autonomia fez-se nesta legislatura, com a aprovação de um novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores e com a Lei de Finanças Regionais (LFR) e da Lei Eleitoral”.
“A LFR é o cerne da Autonomia, uma vez que, todos os anos, era preciso negociar com o Governo da República o que eles nos davam, como se fossemos pedintes à espera de esmola”, afirmou o cabeça-de-lista do PS/Açores.
Destacou ainda que, pela primeira vez, esta lei faz uma discriminação positiva dos Açores em relação à Madeira, através de um acordo entre Carlos César e José Sócrates.
“O PSD votou contra a LFR. Esse PSD que votou contra já disse, pela boca de Ferreira Leite, que, se fosse Governo, ia rever a LFR”, alertou Ricardo Rodrigues, para quem Manuela Ferreira Leite tem, claramente, de fazer o favor a Alberto João Jardim, o que é uma discriminação negativa, porque todos os portugueses reconhecem que os Açores têm mais custos, pela dupla insularidade.
Relativamente ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores, o candidato do PS reconheceu ser “custoso ouvir quem, neste momento, se quer aproveitar de uma situação para enganar os açorianos. O Estatuto teve a abstenção do PSD a nível nacional, embora, aqui na região, o PSD tenha votado a favor na Assembleia Regional”.
“Isso dá a ideia do peso político que o PSD/Açores tem a nível nacional. O PSD regional não tem capacidade e influência política nacional para poder alterar as decisões do PSD nacional”, realçou o cabeça-de-lista pelos Açores.
Na inauguração do espaço, Lisa Garcia, candidata na lista do PS/Açores, elogiou o sentido de abertura do partido na renovação dos seus candidatos à Assembleia da República.
“O que me traz aqui, o que me coloca hoje aqui, como membro independente da lista do PS/Açores às próximas Legislativas, é, essencialmente, a coragem e a saudável ousadia política do Partido Socialista regional. Fui convidada para este desafio pelo Presidente do PS Açores não “apesar” da minha inexperiência política, mas sim pela positiva – pelo entendimento que Carlos César tem da política como espaço dos cidadãos, em prol dos seus congéneres. Eu partilho esse entendimento”, disse Lisa Garcia.