Carlos César disse hoje, no Faial, não ter dúvidas sobre o melhor voto de um açoriano nas eleições para a Assembleia da República, no próximo dia 27, seja ele socialista ou não.
Para o presidente do PS/Açores, “o voto açoriano é, sem dúvida, o voto no Partido Socialista”, pois, como explicou, importa não voltar para trás, como aconteceria se Ferreira Leite fosse eleita para liderar o Governo da República.
“Importa não voltar atrás no humanismo das políticas de equilíbrio das finanças públicas, que é necessário prosseguir; na defesa do serviço nacional de saúde tendencialmente gratuito; na defesa, em geral, dos direitos sociais; na defesa da segurança social pública e das pensões de reforma; mas, sobretudo, na defesa dos Açores”, afirmou.
Carlos César recordou, a propósito, que essa defesa foi sempre feita, nos últimos quatro anos, por José Sócrates, nomeadamente na lei das finanças regionais, no estatuto da autonomia e na União Europeia – e nunca pelo PSD e menos ainda pelo seu sector mais retrógrado e mais centralista, liderado por Ferreira Leite.
O presidente do PS/Açores falava para algumas centenas de pessoas que acorreram ao Teatro Faialense para a sessão de apresentação dos candidatos socialistas às freguesias e Câmara Municipal da ilha, em listas que elogiou pela qualidade que patenteavam.
Dizendo confiar no futuro desempenho dos candidatos após as eleições, reafirmou a sua convicção nas vantagens da cooperação entre os órgãos autárquicos e o Governo e criticou a forma como o PSD tem desenvolvido a sua acção política, contrária a essa colaboração que tão bons resultados tem dado nas autarquias lideradas por socialistas e que, afinal, tem contribuído para o desenvolvimento dos lugares e das suas populações.
Apontando como exemplo a Câmara Municipal da Horta, presidida por João Castro, enumerou empreendimentos que trouxeram maior dinamismo ao Faial, como a nova Biblioteca Pública, a Escola Manuel de Arriaga, a requalificação da rede de equipamentos sociais da ilha e o Centro Interpretativo do Vulcão dos Capelinhos, entre outros.
Mas há mais, como garantiu. Estão em curso obras que vão mudar a face da Horta, como é o caso do reordenamento da frente marítima da cidade, quer com a construção de novos e amplos cais, quer com a requalificação de toda a avenida marginal.
“Não nos faltou obra. E temos projecto!”, frisou o presidente do PS/Açores, para acrescentar a ideia de que, sendo importante a vitória socialista, é imperioso apelar aos faialenses e aos açorianos para exercerem o seu direito de votar.
Um apelo que estendeu aos açorianos residentes nos Estados Unidos, no Canadá, na Bermuda e no Brasil, já que o cabeça de lista do PS pelo círculo de Fora da Europa é o faialense Renato Leal, que será mais uma voz em defesa dos interesses dos Açores e dos açorianos onde quer que residam.
-“Onde estavam eles quando houve o sismo?”-
O candidato do PS à Câmara Municipal da Horta, João Castro, afirmou hoje que os seus opositores têm estado sempre ausente nos momentos e nas decisões importantes para a população do Faial, caso do sismo de 1998 que atingiu a ilha.
“Onde estavam eles quando houve o sismo, quando as pessoas mais precisavam?”, questionou João Castro, ao lembrar que, nesta altura, “abandonaram a causa pública e foram defender os seus interesses pessoais”.
Perante uma sala cheia no Teatro Faialense, o autarca, que se apresenta a novo mandato, perguntou, ainda, “onde estavam eles quando propusemos a implantação do parque industrial?”
“ Andaram a tentar enganar os empresários, dizendo que os lotes eram caros e que o projecto não prestava”, recordou João Castro.
“Onde estavam eles quando propusemos um mecanismo para assegurar um contributo financeiro estável para os bombeiros? Estavam contra e até se riscaram de sócios da associação”, disse o recandidato do PS/Açores.
Perante algumas centenas de apoiantes, entre os quais muitos deputados regionais do PS/Açores, o candidato socialista criticou, também, a postura da oposição autárquica relativamente à solução partilhada e pluripartidária para o saneamento básico.
Depois de considerarem a prioridade das prioridades, “não quiseram participar, não apresentaram qualquer proposta e, quando chegou o dia de decidir, fecharam-se em copas, dizendo que tinha receio da parceria publico-privada”, realçou o candidato do PS/Açores.
“Se retirarmos a meia dúzia de patetices reveladoras do total desconhecimento das competências e da realidade do município, podíamos classificar as intervenções dos nossos opositores como um apoio à nossa candidatura ou como o reforço do trabalho que temos vindo a realizar”, disse.
Para João Castro, o que distingue a candidatura do PS da do PSD “é um projecto realista e de futuro, são as pessoas e é a forma”.
“As freguesias sabem muito bem o que querem e o que necessitam e a Câmara Municipal tem, sim, de congregar as sinergias locais, em cooperação, e traçar um rumo para o nosso desenvolvimento”, defendeu João Castro.
O candidato socialista à Câmara da Horta garantiu, também, que lidera um projecto com “listas de grande qualidade que integra os melhores candidatos”.
“Esta é uma das equipas mais fortes de que já fiz parte, uma equipa onde a renovação é uma evidência, jovem e para ganhar”, afirmou.