O líder do PS/Açores, Carlos César, manifestou hoje a sua “grande satisfação” pela vitória do Partido Socialista nas eleições legislativas e atribuiu a derrota do PSD às presidentes regional e nacional do partido, Berta Cabral e Manuela Ferreira Leite.
“O PSD perde com arrogância e este PS ganha com humildade”, adiantou o Presidente do PS/Açores, na sua declaração em Ponta Delgada, depois de conhecidos os resultados regionais que deram a vitória ao Partido Socialista também nos Açores.
Perante dezenas de militantes e simpatizantes que encheram a sede regional do PS, Carlos César admitiu que se tratavam de umas eleições muito difíceis, mas que terminaram com uma vitória “muito clara” do PS.
“O que se passou nesta eleição é que, apesar dos resultados das europeias e da tendência da opinião publicada que apontava para uma derrota do PS até aos últimos oito dias, o PSD fez perder a direita e o PS garantiu e liderou a vitória da esquerda”, afirmou o líder dos socialistas açorianos.
Segundo Carlos César, que citou o PSD na noite das eleições europeias, “por um voto se ganha, por um voto se perde e nós ganhamos”.
Para o Presidente do PS/Açores, os resultados das legislativas de domingo são, assim, a derrota do PSD no país e na região e a derrota dos seus respectivos líderes, Manuela Ferreira Leite e Berta Cabral.
Acompanhado pelo cabeça-de-lista Ricardo Rodrigues, domingo reeleito para um novo mandato, Carlos César adiantou, ainda, que ficou provado que “há muita gente que acredita no engenheiro Sócrates.
“A maioria dos açorianos acredita e deu a sua confiança ao engenheiro José Sócrates”, salientou o Presidente do PS/Açores, ao destacar a importante vitória do partido na Região Autónoma, que manteve os três deputados à Assembleia da República, contra os dois mandatos alcançados pelo PSD.
No seu discurso, Carlos César adiantou, também, que se sente “mais próximo” de Mota Amaral do que de Berta Cabral, elogiando o cabeça-de-lista do PSD pela sua “excepcional dignidade e qualidade cívica” patente quando reconheceu a assumiu a derrota do PSD nos Açores.
A partir de agora, o PS necessita de “trabalhar no país para a governabilidade”, disse Carlos César, ao apontar o exemplo do seu primeiro Governo, eleito em 1996, com o Partido Socialista a conseguir, quatro anos depois, a maioria absoluta.
Carlos César alertou, também, para a necessidade dos açorianos aproveitarem o “capital imenso” que resulta da cumplicidade entre os Governos da República e dos Açores para darem a sua confiança nas autarquias, nas eleições de 11 de Outubro.