A deputada do PS/Açores, Cláudia Cardoso, destacou terça-feira a evolução dos resultados escolares no arquipélago, caso das taxas de transição dos alunos que têm vindo a crescer, nos últimos anos, de forma sempre sustentada.
“Os nossos indicadores são todos no sentido da melhoria”, disse Cláudia Cardoso, que falava no plenário que está a decorrer na cidade da Horta, durante uma interpelação ao Governo Regional sobre a Educação.
Segundo a parlamentar socialista, os Açores ainda não possuem os resultados escolares que gostariam, mas “é preciso que se diga, em abono da verdade e da seriedade do debate, que se tem verificado, quer no país quer na região, uma progressiva e sustentada melhoria destes resultados”.
“Ao nível do quarto ano do primeiro ciclo, em 1998/1999, as taxas de transição eram de 78,6 por cento, enquanto, no ano passado, já eram de 86,4 por cento”, anunciou Cláudia Cardoso, ao assegurar que, no segundo ciclo, a evolução foi para os 90 por cento.
Já ao nível do terceiro ciclo, as taxas são da ordem dos 87 por cento e dos 80 por cento para o 11º ano de escolaridade”, disse Cláudia Cardoso, que admitiu que, pontualmente, esta evolução não foi tão significativa.
Esta situação pontual derivou, porém, da decisão do Governo Regional que teve a “coragem de integrar nas escolas alunos com dificuldades, em percursos e vias alternativas, que, necessariamente, se reflectiram num decréscimo” das taxas, explicou a deputada do PS/Açores, que preside à Comissão de Assuntos Sociais.
Relativamente aos estudos PISA (Programme for International Student Assessment), que analisam os resultados de alunos na faixa dos 15 anos, no âmbito da OCDE, Cláudia Cardoso salientou que, em vários anos, os alunos portugueses registaram progressos crescentes.
PPM tem de aprender as regras da Assembleia
No início do debate parlamentar, o líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Hélder Silva, salientou que o deputado do PPM deveria ter revisto a sua postura na Assembleia Regional, se quisesse ter debatido, de forma séria, as questões da Educação.
“O senhor deputado vem numa postura de chamar nomes aos membros do Governo, dizer mal de tudo, adjectivando tudo e todos”, afirmou Hélder Silva, para quem a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores “tem uma conduta própria pelas quais o senhor deputado do PPM tem, rapidamente, de aprender a reger-se”.
O Presidente da bancada socialista salientou que o PPM, com um único deputado, teve o mesmo tempo (30 minutos) do que o maior partido na Assembleia (PS) e de que o Governo Regional dos Açores.