O líder do grupo parlamentar do PS/Açores defendeu, hoje, que os 158 milhões de euros de investimento na Agricultura, previstos para este no Plano Regional, vão reforçar a competitividade do sector, que se encontrava “à beira da falência” quando o PS chegou ao Governo Regional.
“O Plano Regional Anual reserva para o sector agro-florestal um investimento global na ordem dos 158 milhões de euros, um valor que representa a renovada aposta do Governo dos Açores no crescimento da base produtiva regional e o seu reconhecimento como contributo para o crescimento da economia”, afirmou Hélder Silva.
O líder parlamentar socialista falava no encerramento das IV Jornadas Parlamentares do PS/Açores, que decorreram na Ilha do Pico nos últimos três dias, dedicadas à valorização e diversificação da Agricultura da Região.
Segundo disse, a bancada do PS/Açores encara com confiança o Plano para este ano, uma vez que vai continuar a contribuir para o crescimento da produção primária, para o reforço da competitividade do sector e para o crescimento da economia dos Açores.
É por isso que o Grupo Parlamentar do PS não reconhece legitimidade política a quem, no passado, deixou a Agricultura açoriana à beira da falência, para vir criticar, agora, todo o trabalho que tem sido feito pelos serviços oficiais, mas, acima de tudo, por técnicos e produtores de todas as ilhas, salientou o Presidente do Grupo Parlamentar socialista.
“É difícil entender estas críticas quando são os próprios números que os desmentem”, considerou o parlamentar socialista, ao recordar que, depois do “sufoco em que vivia a produção de leite, em que os produtores recebiam o seu cheque quase por favor, os Açores viram a produção crescer 37 por cento entre 1996 e 2006”.
No encerramento das Jornadas Parlamentares, Hélder Silva aproveitou, ainda, para lembrar aos “críticos do costume que, entre 2005 e 2008, as áreas de produção hortícola cresceram 14 por cento, a produção frutícola cresceu 21 por cento, a produção de vinhos certificados registou cerca de 10 por cento de aumento, a exportação florícola subiu 48 por cento e até mesmo a apicultura cresceu 26 por cento”.
O líder parlamentar do PS/Açores fez questão, também, de salientar que o Pico é um dos melhores exemplos dos Açores nesta matéria, alegando que se trata de uma ilha que soube diversificar a sua produção agrícola”.
“Hoje, temos uma produção de carne certificada em crescimento, com o reconhecimento nacional garantido por uma grande superfície comercial, e com um matadouro, no âmbito da rede regional de abate, que assegura todas as condições necessárias para este processo”, afirmou.
Estas condições vêm demonstrar que os Açores estão, actualmente, “muito longe dos tempos em que os Açores não tinham um único matadouro com as condições mínimas exigidas para garantir a qualidade de um produto de excelência”, disse.
Hélder Silva referiu, ainda, que os bons exemplos do Pico estendem-se, também, ao vinho, uma área em que se verifica aumentos de qualidade, de lançamento de novos produtos, ao mesmo tempo que se regista uma aposta acertada do Governo Regional, através da construção em curso do Laboratório de Enologia.
Na sua intervenção final, Hélder Silva adiantou que o Governo dos Açores, ao longo de 13 anos, percebeu a importância da Agricultura, materializada através de Planos de investimento gradualmente reforçados e com prioridades claramente definidas.
“Como resultado, temos hoje uma região economicamente mais diversificada, que não depende exclusivamente de sectores económicos mais sujeitos às variações internacionais, como o Turismo, o que lhe garante uma capacidade de resistência reforçada às adversidades externas”, disse.
De acordo com Hélder Silva, os bons números indicadores do sector agrícola, mas não podem esconder os importantes desafios que, actualmente, impõem uma acção concertada e eficaz.
Perante isso, o Grupo Parlamentar do PS/Açores defende a manutenção do regime de quotas leiteiras, não apenas nos Açores, mas em toda a Europa.
“É, no mínimo, falta de responsabilidade defender, como fez recentemente o PSD, a manutenção das quotas pós 2015 nos Açores, mas mantendo a possibilidade da sua supressão no restante território europeu”, concluiu Hélder Silva.