O líder da bancada socialista acusou, esta quinta-feira, alguns partidos da oposição de se recusarem a admitir o desenvolvimento verificado nos Açores nos últimos anos, um comportamento político que denigre o esforço desenvolvido pelas empresas e pelos trabalhadores açorianos.
“Para o PS/Açores, o partido não é o fim. É o meio. É o instrumento para trazer bem-estar e desenvolvimento aos açorianos, mesmo que outros teimem em não o aceitar”, afirmou Hélder Silva, numa declaração política no plenário que está a decorrer na Horta.
A intervenção do parlamentar socialista foi sobre o XIV Congresso Regional do PS/Açores, que decorreu no último fim-de-semana, e que culminou um processo iniciado com as eleições directas para a liderança do partido, que decorreram no final de Janeiro.
Segundo disse, ao teimarem em não constatar a evolução dos Açores, e julgando que estão a atacar o Governo e o PS/Açores, “estão, sim, a denegrir o trabalho das centenas de empresas, de milhares de açorianos e de outras centenas de organizações da sociedade civil”.
“Porque foram estes açorianos os primeiros responsáveis por a economia dos Açores ter tido, em 2008, um crescimento três vezes superior ao da União Europeia, com uma taxa de crescimento real do PIB per capita de 2,8 por cento, contra a comunitária de 0,8”, explicou Hélder Silva.
Na sua declaração política, o Presidente da bancada socialista adiantou, ainda, que o Congresso do PS/Açores serviu para discutir os Açores e qual o papel que o Partido Socialista deve desempenhar no processo de desenvolvimento e progresso que queremos continuar a liderar em cada uma das nossas ilhas.
“Foram admitidos erros, identificados percursos menos conseguidos e reconhecidas falhas num debate interno sincero que nos encheu a alma, que nos motivou para os próximos tempos e que nos orientou estratégica e politicamente”, afirmou Hélder Silva, ao destacar que, neste Congresso, “sentiu-se à flor da pele um sentimento comum patente desde o militante de base ao mais influente dirigente regional: Orgulho”.
“Não só no movimento de congregação social e política em que o PS/Açores se transformou na última década e meia, mas também na dinâmica e transformação que esta coligação de açorianos incutiu na sua terra”, realçou o parlamentar socialista.
“Estou convicto que o XIV Congresso Regional assegurou um novo ímpeto reformista ao PS/Açores, que se traduzirá em medidas concretas e eficazes para continuar o trabalho de resposta aos efeitos desta crise internacional, ao mesmo tempo que prosseguem as tarefas mais estruturais de desenvolvimento”, afirmou
Perante os deputados regionais, Hélder Silva assegurou que estes são os assuntos em que o PS/Açores focará a sua atenção, mas garantiu, também, que o partido não vira a cara à luta quando estão em causa dos interesses dos Açores.
“É com este espírito que iremos dar o nosso contributo num eventual processo de revisão constitucional, que o PSD pretende despoletar, motivado por um ímpeto neoliberal para a Saúde e Educação, áreas cuja dimensão social faz parte do património do Partido Socialista”, afirmou Hélder Silva.
Segundo disse, esta, porém, “não é a nossa prioridade, que está, sim, centrada em fazer voltar crescer a economia, a criar mais emprego sustentado e a proteger quem mais precisa nestes momentos mais difíceis”.