Berto Messias, líder da JS Açores, foi eleito este fim-de-semana Presidente da Comissão Nacional da Juventude Socialista, no Congresso Nacional que decorreu em Lisboa e que elegeu Pedro Alves para líder nacional desta organização partidária de juventude.
Berto Messias será, assim, o nº2 da Juventude Socialista, presidindo ao órgão máximo entre congressos desta organização, nos próximos dois anos.
Outros dirigentes da JS Açores foram eleitos para os órgãos nacionais da JS:
Para a Comissão Nacional, além de Berto Messias que será o Presidente, foram eleitos Ana Teresa Almeida, Nuno Meneses, Valério Pacheco, Angela Valadão, Fábio Vieira, Anabela Caldeira e Tiago Branco.
Para representantes da JS na Comissão Nacional do Partido Socialista foram eleitos Rafaela Teixeira e Guido Teles.
Para a Comissão Nacional de Jurisdição foi eleita Vera Bettencourt.
Berto Messias defende Autonomia responsável e projecto de desenvolvimento inspirado nos Açores
Na intervenção que fez no Congresso Nacional, Berto Messias defendeu a importância das Autonomias Regionais e do desenvolvimento dessa autonomia de forma responsável, “a autonomia tem de ser responsável e não como se passa na Madeira onde são, diariamente, postos em causa os mais básicos princípios da vivência democrática como o direito à liberdade de imprensa e, em muitos casos, de expressão”. Berto Messias disse ainda que "nunca é demais afirmar a importância das autonomias para que aqueles que serão responsáveis políticos do nosso país, no futuro, tenham mais sensibilidade e mais conhecimento para estas questões e para as especificidades e dificuldades do que é viver numa Região Autónoma dispersa em nove ilhas”.
Berto Messias realçou, ainda, a importância de um modelo de desenvolvimento que concilie crescimento económico com coesão social e territorial de forma perfeita, tal como acontece nos Açores. Para Messias “o modelo de desenvolvimento dos Açores e as medidas adoptadas que fazem com que os Açores tenham índices de crescimento acima da média nacional desde 2001 deve ser uma inspiração para todos os socialistas portugueses”.
No que se refere à Juventude Berto Messias começou por realçar o contributo que a JS Açores tem dado para esse projecto de desenvolvimento através de propostas concretas. “Se os jovens açorianos têm hoje um cartão interjovem que lhes permite viajar inter-ilhas de barco ao longo do Verão foi a JS que o propôs, se os jovens têm hoje um programa de empreendedorismo nas escolas foi a JS que o propôs, se os jovens têm um novo programa de apoio a jovens empresários Empreende Jovem, foi a JS que o propôs, se os jovens têm um programa de acesso ao arrendamento Familias com Futuro foi a JS que o propôs, se os jovens têm hoje um novo regime, mais apertado de controlo dos recibos verdes para controlar e impedir abusos foi a JS que o propôs. Dou estes exemplos, porque é assim que temos de estar na política, não basta falar, é preciso agir, fazendo e implementando propostas concretas”.
Berto Messias referiu ainda os dois grandes desafios da Juventude Socialista para os próximos dois anos, “o emprego jovem e o combate aos abusos laborais e à precariedade laboral jovem devem ser centrais na nossa actuação nos próximos dois anos”, disse e alertou ainda para “a importância que a Juventude Socialista deve ter no combate ideológico contra o lobo em pele de “coelho” como é o novo líder da direita em Portugal, com uma agenda assutadoramente neoliberal que pode abalar profundamente os mais básicos princípios de um estado social que proteja os mais desfavorecidos”.