O vice-presidente da bancada parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, acusou alguns partidos da oposição de tentarem passar para os açorianos a ideia que a SATA tem a missão de responder em situações de catástrofes naturais, quando esta não é a sua função primeira.
“Todos nós sabemos que não é a SATA que tem de responder, em primeira instância, no caso de catástrofes naturais”, afirmou o parlamentar socialista, depois de ter elogiado, na Assembleia Legislativa, a iniciativa de um grupo de cidadãos de promover uma petição sobre a concentração da nova frota na ilha de São Miguel.
No debate parlamentar sobre esta matéria, Berto Messias manifestou-se, ainda, convicto que “nenhum açoriano no Grupo Central se sente mais ou menos seguro por ter um avião a pernoitar na sua ilha”.
No âmbito das condições meteorológicas - aspecto referido na petição em causa -, o deputado socialista garantiu que a grande maioria dos voos cancelados pela SATA, por mau tempo, está relacionada com os aeroportos de destino.
“Por isso, não é correcto dizer-se que, em caso de condições meteorológicas adversas, haja prejuízo por ter as aeronaves concentradas numa única ilha, seja ela qual for”, explicou Berto Messias.
Quanto às questões operacionais, que são cruciais para a operação da SATA, esta é efectivamente melhorada e reforçada com a nova frota, que tem características mais versáteis, para transportar passageiros e carga entre as ilhas dos Açores.
No debate parlamentar, Berto Messias salientou, ainda, que a SATA procedeu, recentemente, à renovação da sua frota e, neste âmbito, “não é verdade que a SATA tenha enganado quem quer que seja com a aquisição destas aeronaves”.
Recorde-se que a transportadora aérea açoriana adquiriu, recentemente, dois Dash 200, de segunda mão mas cumprindo todos os requisitos de segurança necessários, e quatro Dash 400, completamente novos.
“A SATA nunca escondeu esta constatação” desde o anúncio da compra dos novos aviões em 31 de Março de 2008, garantiu Berto Messias, respondendo a críticas da oposição.
Há muito que o PS defende e implementa uma visão verdadeiramente arquipelágica do desenvolvimento dos Açores e isso é muito claro por diversos indicadores económicos e a SATA e o modelo de transportes têm dado um contributo essencial, disse.
De acordo com Berto Messias, o desenvolvimento económico não se faz tendo em conta as bases operacionais das companhias aéreas, faz-se sim com uma boa operacionalidade das frotas, em que o que interessa são os horários, a capacidade de carga, a articulação entre transportes, a periodicidade dos toques.
A concluir, o parlamentar socialista realçou que qualquer cidadão da Terceira ou de qualquer ilha dos Açores pode estar certo que o Governo continuará a trabalhar para melhorar a capacidade de resposta da SATA às necessidades das populações - os que querem sair ou ir para a sua ilha e os empresários que querem ter boas condições para escoar as suas mercadorias.