O Grupo Parlamentar do PS/Açores mostrou-se, esta terça-feira, contra o clima de insinuações que o PSD quer lançar na sociedade açoriana e garantiu que o Governo Regional vai continuar a investir o necessário para assegurar o devido retorno turístico aos Açores.
“Nós não hesitaremos em investir o que for necessário para ter o retorno económico certo para a nossa região”, defendeu o deputado do PS/Açores, Francisco César, no plenário que está a decorrer na cidade da Horta.
Segundo o parlamentar socialista, as iniciativas desenvolvidas pelo Governo Regional, como é o caso das “7 Maravilhas de Portugal” ou a presença dos Açores na Bolsa de Turismo de Lisboa, constituem formas de divulgar as ilhas, que apresentam fortes retornos económicos, estimados em cerca de 20 milhões de euros.
“Há que ter a noção que são investimentos na promoção turística”, afirmou Francisco César, que criticou a estratégia desenvolvida pelo PSD de insinuação e desinformação sobre estes investimentos governamentais.
“Se quisermos entrar no reino da insinuação, podemos olhar para o portal da contratação pública e verificar a adjudicação de um livro sobre o mandato da Câmara Municipal de Ponta Delgada entre 2000 e 2009, que custou, aproximadamente, 20 mil euros”, disse.
“A Câmara Municipal de Ponta Delgada fez um livro de campanha eleitoral que custou quase 20 mil euros”, criticou Francisco César, ao lembrar que o PS/Açores poderia, ainda, criticar a contratação pela autarquia liderada por Berta Cabral de uma empresa com sede em Oeiras para reformular um site.
“Não havia empresas em Ponta Delgada com qualidade para fazer este serviço”, questionou Francisco César, que considerou, ainda, que no tempo da governação social-democrata “não havia turistas porque não havia hotéis e, como não haviam hotéis, não existiam turistas”.
O debate contou, ainda, com a participação de Hélder Silva, líder parlamentar socialista, que criticou a bancada do PSD/Açores por nunca ter tentado esclarecer as suas dúvidas através dos meios disponíveis no Parlamento, preferindo, em primeiro lugar, desenvolver a “estratégia irresponsável de colocar os assuntos na praça pública”.