Berto Messias, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, reiterou, esta quinta-feira, a defesa intransigente dos trabalhadores da Base das Lajes, numa reunião em que os deputados socialistas receberam o Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas, e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores para debater questões relacionadas com a situação laboral dos trabalhadores da Base das Lajes.
O parlamentar socialista garantiu que “os trabalhadores da Base das Lajes podem estar tranquilos porque os seus postos de trabalho não estão em perigo. Apesar da grande intoxicação mediática e especulação abusiva que muitos promovem em torno desta matéria, é importante esclarecer cabalmente todos os trabalhadores e abordar esta matéria com a razoabilidade e ponderação que ela exige”.
Berto Messias relembrou que, hoje à noite, decorrerá uma reunião geral de trabalhadores no Auditório do Ramo Grande e, no acompanhamento permanente que os deputados do PS fazem sobre esta questão, têm informação que a representante na comissão laboral tem recebido, sempre que solicitado, os trabalhadores portugueses.
“É importante que fique claro que não estamos a falar de profundas instabilidades laborais como muitos querem fazer crer. É fundamental sempre ter uma postura de responsabilidade quando em causa está uma questão tão séria como esta”, salientou o deputado socialista.
O Grupo Parlamentar do PS defende que “a base das Lajes tem uma importância considerável para a Ilha Terceira, com impactos financeiros e económicos directos e indirectos muito importantes para a nossa vitalidade económica”, disse.
Segundo afirmou, todas as instabilidades em torno deste assunto não são positivas, pelo que é fundamental estar nos constantes processos negociais com responsabilidade, tentando sempre encontrar pontos de convergência e garantindo sempre dois princípios intocáveis para o Partido Socialista: a dignidade dos trabalhadores e a manutenção dos seus postos de trabalho.
De acordo com Berto Messias, é possível fazer um balanço positivo da postura negocial do Governo dos Açores e existem provas concretas disso. O acordo sobre as queixas feitas em 2006 e 2007, que implicam o pagamento de retroactivos por parte dos norte-americanos, ou a baixa variação de postos de trabalho desde 1996 até hoje, que anda na casa dos 70 postos de trabalho são exemplos disso mesmo.
“Não podemos ter uma postura passiva perante os Norte-americanos. Sabemos disso”, afirmou o parlamentar socialista, para quem é necessária “uma postura razoável, ponderada, responsável que garanta o aprofundamento constante das mais-valias do acordo em vigor e da Base das Lajes na Ilha Terceira, onde seja possível reforçar a importância desta base e, sobretudo, garantir a defesa dos trabalhadores e das suas famílias”.