O líder do PS/Açores garantiu, esta segunda-feira, que o Governo Regional está disposto a apoiar as empresas açorianas em 2011, assim como a adoptar medidas que permitam amenizar nas famílias açorianas os efeitos da crise nacional e internacional.
“As nossas empresas vão merecer um apoio excepcional em 2011 pela convicção de que é, justamente, nestes ambientes de crise económica que o desenvolvimento das empresas sãs e de uma economia sã se pode fazer de forma mais sólida e com melhores efeitos na economia”, disse Carlos César.
O Presidente do PS/Açores, que falava num jantar com militantes e simpatizantes na ilha de Santa Maria, salientou que a “grande preocupação” passa por compensar com medidas regionais o impacto das decisões de austeridade a nível nacional.
“Sendo certo que não resolvemos todos os problemas dos Açores, nós podemos estar orgulhosos e de cabeça erguida porque temos feito um bom trabalho e seremos merecedores da confiança dos açorianos no próximo futuro”, afirmou Carlos César, perante os militantes e simpatizantes socialistas e deputados regionais.
O líder do PS/Açores garantiu, assim, aos “empresários que são sérios, que se querem responsabilizar pelas suas empresas e que se encontram numa situação que não seja atribuída ao mau uso do seu património” que o executivo que lidera fará “tudo o que puder para que estas empresas resolvam a sua situação”.
Carlos César adiantou, também, que a Região vai ter aumento da receita fiscal e uma redução da despesa, mas também uma redução de transferências para os Açores, no âmbito da Lei de Finanças Regionais.
O balanço destes montantes vai ser “integralmente aplicado na Saúde, no apoio social às famílias e às empresas regionais em situação mais difícil”, assegurou Carlos César, para quem o Governo dos Açores conseguiu assegurar alguma estabilidade do investimento público, que deverá ultrapassar, no global, os 800 milhões de euros.
“Nós, no PS, não nos sentimos bem com algumas destas medidas adoptadas no plano nacional”, disse Carlos César, ao esclarecer, porém, que são medidas de carácter transitório e que a sua aplicação é uma garantia que, dentro de alguns anos, será superada a situação de dificuldade do país e será retomado o regime de protecção social.
No jantar em Vila do Porto, o Presidente do PS/Açores realçou que foi importante o que o Governo conseguiu no âmbito da Lei de Finanças Regionais, cujas transferências representam cerca de um terço das receitas da Região e são, por isso, uma componente importante do financiamento.
“Esperamos que as propostas e o debate na especialidade que está a ocorrer na Assembleia da República, no contexto de reuniões bilaterais de âmbito parlamentar, não afectem a situação de salvaguarda da Lei de Finanças Regionais”, afirmou.
“Caso isso acontecesse, nós consideraríamos nos Açores totalmente inaceitável e o que colocaria em causa, de forma definitiva, a nossa confiança nos nossos interlocutores institucionais nacionais”, disse Carlos César no jantar.
Carlos César salientou que, muitas vezes, os deputados regionais e os governantes realizam determinados projectos que são adulterados nas suas melhores intenções nos órgãos de comunicação social.
“Não desanimem por causa de uns segundinhos no Telejornal, porque não vale a pena. O que nós temos feito pelas famílias, construindo habitações, nos empregos que temos conseguido segurar, desde a mais pequena obra até às maiores, são milhares de açorianos que são beneficiados com a nossa acção, que são dezenas de vezes mais do que os alguns que vêem a RTP/Açores”.
O líder do PS/Açores prestou, ainda, homenagem a Hélder Silva, pelo seu trabalho esforçado nas funções que desempenhou não só como líder da bancada parlamentar, mas também nas outras que assumiu no partido e no Governo.
Carlos César destacou a acção importante dos dois deputados do PS eleitos pela ilha de Santa Maria e, nesse sentido, considerou que os marienses têm muito a ganhar com a prestação de Bárbara Chaves e Duarte Moreira.
A concluir, Carlos César criticou os ataques pessoais e políticos do PSD ao PS e aos governantes e alegou que não vê nada de novo no PSD, “que não seja aumentar um bocadinho em tudo o que o PS já fez ou vai fazer”.
“É este o grande projecto deste PSD tão pequenino a propor e tão ousado em atacar e em denegrir o PS”, disse.