A ilha de São Jorge terá, em 2011, cerca de 53 milhões de euros de investimento público, um montante que o PSD/Açores desvaloriza, mas que vai permitir dar resposta à política de coesão implementada pelos governos regionais do PS.
Quando o Grupo Parlamentar do PSD/Açores considera que a ilha de São Jorge está nas “carruagens de trás” do desenvolvimento da Região esquece, deliberadamente, que foi o Governo Regional socialista que garantiu aos jorgenses investimentos há muito prometidos pelo PSD e que nunca tinham sido executados.
Uma estratégia de coesão regional que os jorgenses ratificaram em 2008, quando o PS venceu, pela primeira vez, as eleições regionais em São Jorge, dando, assim, o seu aval à estratégia de desenvolvimento preconizada pelo PS e desenvolvida pelo Governo Regional.
O PSD/Açores deve, assim, explicar aos jorgenses em que medida os investimentos no Aeroporto de São Jorge, nomeadamente a empreitada de ampliação e alargamento da pista, contribui para São Jorge ficar na “carruagem de trás” dos transportes inter-ilhas.
O PSD/Açores tem a obrigação de esclarecer, também, os agricultores jorgenses porque é que a beneficiação de caminhos agrícolas no POA Santo Antão/Topo, e as obras concluídas no POA da Beira/Rosais, bem como muitas outras pavimentações e reforço do abastecimento de água à lavoura, significam estar na “carruagem de trás” do desenvolvimento deste sector de actividade económica.
O PSD/Açores deve, assim, responder aos jorgenses se as novas instalações do Museu Francisco Lacerda ou a atribuição de uma ajuda regional ao escoamento dos produtos da pesca capturados pelas embarcações das ilhas da Coesão e as obras nos portos de pescas que estão ser executadas, bem como o excelente trabalho que está ser feito na fábrica de conservas Santa Catarina, é estar na “carruagem de trás” dos Açores.
O PSD/Açores está, também, obrigado a clarificar aos idosos jorgenses porque considera a criação de uma nova unidade de lar de idosos na Vila da Calheta é estar na “carruagem de trás” do apoio social e aos doentes jorgenses porque razão acha que a construção do Centro de Processamento de Resíduos mantém a ilha na “carruagem de trás”.
O PSD/Açores tem, ainda, de prestar uma explicação porque acha que a electrificação das fajãs de S. João, Saramagueira, Cubres e Caldeira de Santo Cristo, assim como diversas empreitadas de Beneficiação e Pavimentação de diversos troços de Estrada Regional, nomeadamente a pavimentação do acesso à Vila das Velas, é sinónimo de permanecer na “carruagem de trás” do desenvolvimento.
Todas estas medidas e mais algumas estão previstas no Plano de Investimento para 2011, a que se juntam outras de carácter regional, mas que vão ter uma implicação directa na vida de muitos jorgenses, como é o caso das medidas de apoio social para minimizar os efeitos do plano de austeridade nacional, que vão beneficiar todos os segmentos da população, como idosos, crianças, funcionários públicos e empresas.
O Plano de Investimentos que o PSD/Açores acha que não serve São Jorge destina, para a ilha, 15,2 milhões de euros para melhorar as qualificações e as competências da população, 15 milhões de euros para promover o crescimento da economia, 4,4 milhões para reforçar a solidariedade e a coesão regional, 14,1 milhões para a gestão do território e a qualidade ambiental e 3,8 milhões de euros para qualificar a gestão pública e a cooperação.
São, no total, quase 53 milhões de euros para o próximo ano, que vão beneficiar a população da ilha de São Jorge.
É por essa razão que o Grupo Parlamentar do PS/Açores desafia o PSD/Açores a deixar o “apeadeiro” em que, teimosamente, se tem mantido nos últimos anos e a embarcar na carruagem do desenvolvimento dos Açores, através de uma estratégia que valoriza todas e cada uma das ilhas.