Francisco César, vice-presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na Assembleia Regional dos Açores, afirmou hoje, num debate organizado pela JS-Madeira, que, se o modelo autonómico não serve para um governo regional poder decidir sobre a prioridade a dar aos seus recursos”, então não sabe para que serve a Autonomia.
O debate organizado pela Juventude Socialista, onde estiveram em foco as opções políticas e orçamentais das duas Regiões Autónomas, contou, para além do deputado açoriano, com a presença de Carlos Pereira, deputado do PS na Assembleia Legislativa da Madeira.
À Comunicação Social, Francisco César afirmou ter explicado as opções do PS e do Governo Regional dos Açores no âmbito do Plano e Orçamento dos Açores para 2011. Num orçamento de 1.300 Milhões de euros, condicionado pelas medidas de austeridade, o Governo Regional decidiu “alocar o máximo de fundos às famílias e às empresas”, disse o deputado açoriano. Para isso abdicou, por exemplo, de investimentos em dois estádios de futebol.
Quanto à remuneração compensatória, de que tanto se tem falado no País, o socialista açoriano referiu que o Governo Regional utilizou mecanismos semelhantes ao subsídio de insularidade e que ”aproveitámos as poupanças que temos para que as famílias não percam os rendimentos”.
O deputado Carlos Pereira destacou a diferença entre os dois governos regionais, sublinhando que, enquanto o Governo Regional dos Açores utilizou os recursos que a Autonomia lhe concede para aplicar medidas de compensação e defesa das famílias, o Governo Regional da Madeira “dá uma facada no processo autonómico e põe em risco a Autonomia conquistada pelos Madeirenses” e até “pode pôr em causa o subsídio de insularidade”.