O Presidente do PS e do Governo dos Açores condenou esta tarde o anúncio feito pelo Bloco de Esquerda na Assembleia da República de apresentação de uma moção de censura.
Carlos César afirmou que aquele partido “ desiludiu-me na sua conduta, mas confirmou a sua vocação fratricida no seio da esquerda portuguesa e o seu absoluto distanciamento em relação à emergência da protecção do país no contexto de crise internacional. Francisco Louçã colocou-se a disputar com o PCP o estatuto de “canibal útil da direita portuguesa”.”
A atitude dos partidos que “semeiam tempestades com ameaças de moções de censura, ainda por cima numa guerra espúria de vaidades e ciúmes interpartidários”, disse César, “é uma vergonha”.
O governante salienta que no actual contexto português “a presunção de estabilidade política é mais valiosa para a recuperação nacional do que muitos dos resultados económicos e sociais de conjuntura” e que o que parece estar a acontecer é que “por um lado, temos um governo a fazer o melhor que pode e sabe por Portugal, e, por outro, partidos a fazerem tudo o que sabem para que Portugal fique o pior possível”.
Sobre a posição que o PSD poderá assumir, Carlos César diz que “não sei se a aprovação de uma moção de censura serve o interesse do PSD, mas tenho a certeza de que a sua apresentação pelo BE serve a estratégia do PSD de complicar a acção do governo e a confiança no país e de valorizar o seu protagonismo, qualquer que seja a sua posição”.