Os Presidentes dos Grupos Parlamentares do PS/Açores e do PS nacional, Berto Messias e Francisco Assis, reuniram-se hoje, na Assembleia da República, num encontro de trabalho que serviu para analisar vários assuntos de interesse para a Região Autónoma.
Os dois líderes parlamentares socialistas analisaram questões como a remuneração compensatória para funcionários públicos dos Açores e as transferências de IRS para as Câmaras Municipais, assim como a salvaguarda dos interesses e competências dos Açores numa eventual revisão da Constituição da República Portuguesa.
Segundo Berto Messias, este encontro foi bastante importante para fortalecer as pontes de entendimento entre os deputados socialistas da Assembleia Legislativa e da Assembleia da República, tendo em conta a boa relação que terá sempre de existir entre os dois grupos parlamentares.
O dirigente socialista açoriano adiantou, ainda, que a reunião de trabalho permitiu analisar o desenvolvimento dos Açores, nomeadamente os mais recentes dados do INE sobre o crescimento económico, que comprovam que os Açores foram a região do país com o melhor desempenho nos anos de 2008 e 2009.
“No ano de 2008, o PIB dos Açores registou uma taxa de crescimento real de 2,8% quando a economia nacional estagnou (0,0%) e a União Europeia a 27 não foi além de 0,5%, ou seja, nesse ano, os Açores cresceram a um ritmo cinco vezes superior à média dos 27 países da UE”, lembrou Berto Messias.
O líder parlamentar do PS/Açores considerou, também, que a boa prestação económica da Região reflecte-se na diminuição do desemprego, que registou uma redução em 37% nos últimos anos.
Dados que, para Berto Messias, são muito diferentes do tempo da governação do PSD, quando, entre 1986 e 1996, o número de desempregados inscritos aumentou 17% e o número de trabalhadores apenas aumentou 0,03 %.
“Neste período do PSD/Açores, o número de trabalhadores passou de 88.500 para 88.530, ou seja, apenas foram criados 30 postos de trabalho numa década”, explicou Berto Messias, para quem Berta Cabral critica, agora, no PS/Açores o que foi, seguramente, uma das páginas mais negras da governação social-democrata.
O dirigente socialista açoriano recordou também que foi a própria Conta da Região de 1995, da responsabilidade do PSD/Açores, que admitia que “o emprego na Região diminui em 1995, tendo a taxa de desemprego atingido 7,4%, mais 0,9% relativamente ao ano transacto”.
“Quem admitia que era responsável por este descalabro em 1995, como é que pode, agora, criticar um Governo Regional que mantém os Açores com o estatuto de Região com a mais baixa taxa de desemprego do país?”, questionou Berto Messias.
Adiantou, ainda, que se esperava das Jornadas Parlamentares do PSD/Açores propostas que justificassem, na prática, as alegadas preocupações sociais-democratas, mas, na verdade, apenas resultaram uma “mão cheia de frases feitas e chavões”.