O líder do PS/Açores garantiu, esta sexta-feira, que José Sócrates sempre apresentou um “sentido patriótico” na sua acção governativa, colocando os interesses de Portugal sempre à frente dos interesses pessoais e do partido.
“José Sócrates, independentemente dos momentos de maior ou menor acerto na condução do governo do país, evidenciou uma coerência reconhecida e uma elevada coragem no exercício das suas funções e, sobretudo, um grande sentido patriótico”, assegurou Carlos César.
O Presidente do PS/Açores, que falava após ter votado nas eleições directas do Partido Socialista, adiantou que o Primeiro-Ministro “tem colocado, assim, à frente dos seus eventuais interesses pessoais ou de imagem o interesse do país”.
“Isso mesmo foi revelado ontem, quando a esmagadora maioria dos líderes europeus lhe prestou uma homenagem muito grande e lhe dirigiu elogios que prestigiaram o nosso país e que enchem os socialistas portugueses de orgulho”, afirmou Carlos César aos jornalistas, depois de ter votado na sede regional, em Ponta Delgada.
Segundo disse, por vezes, realizar e interpretar o interesse do país não é “coincidente com o voto fácil, com o populismo, com o parecer-se agradável e com a tomada de medidas que as pessoas gostam”.
“A verdade é que, se o engenheiro Sócrates poderá ser criticado por muitos por ser o autor do PEC IV, o que não seria o PEC do drº Passos Coelho, que é já, com poucas horas ainda de começo de campanha eleitoral após esta crise política, um troca-tintas na política portuguesa”, disse o líder do PS/Açores.
“Há 48 horas, era contra o aumento dos impostos. Há 24 horas, é a favor do aumento dos impostos e sabe-se lá o que dirá amanhã”, alertou Carlos César, para quem o “Partido Socialista está unido em torno do desígnio governativo que tem, que é o de defender Portugal, o que está em causa no imediato”.
“Quem está à frente deste projecto da defesa de Portugal perante as incertezas internacionais, dos ataques do mercados e de todas as fragilidades com que nos defrontamos é o engenheiro José Sócrates e é nele que devemos depositar uma confiança reforçada para ele também sentir, de uma forma reforçada, a responsabilidade de conduzir o país no futuro”, concluiu.