A Comissão Permanente do PS/Açores vem refutar a relação que a Presidente do PSD/Açores faz entre o aumento dos números da criminalidade violenta na Região e a conjuntura económica e social actual, que peca pela total ausência de sentido, já que apenas se baseia numa interpretação pessoal dos números.
Sem qualquer dado objectivo ou factual, a Presidente do PSD/Açores limita-se a atacar os governos Regionais e da República, chegando mesmo ao ponto de relacionar o aumento da criminalidade com as receitas da Região provenientes do Orçamento de Estado, uma leitura, no mínimo, curiosa e que entra no campo do absurdo político.
Explicadas as motivações da Presidente do PSD/Açores, que não se coíbe de utilizar qualquer situação para atacar a Região, importa realçar que o PS/Açores não desvaloriza os dados do Relatório Anual de Segurança Interna, mas considera necessário desmistificar o assunto e passar a imagem correcta dos mesmos.
É importante que se perceba, por exemplo, que o aumento de 12,9% em 2010 (271 crimes), corresponde a mais 31 crimes do que em 2009 e que isso se traduz num ratio, relativamente a este tipo de criminalidade na Região, por cada mil habitantes, situado entre 1,00 e 1,99 crimes.
Por outro lado, quando se reconhece que o número total de crimes no arquipélago baixou 0,2% não se pode falar do aumento de insegurança pois, até, inclusivamente em 2010 ocorreram menos 22 crimes do que em 2009.
Além disso, o PS/Açores estranha qualquer referência da Presidente do PSD/Açores ao bom trabalho que as Forças de Segurança desenvolvem nos Açores, as quais se debatem, como é do conhecimento público, com falta de meios materiais e humanos.
Aqui reside uma diferença de fundo: enquanto o PSD/Açores utiliza a alegada insegurança para ataques descabidos, o PS/Açores trabalha para dar mais condições de trabalho às Forças de Segurança que prestam serviço nas ilhas.
Enquanto o PSD/Açores exigia mais meios, sem nada fazer, o PS/Açores apresentou, na Assembleia Legislativa, uma proposta que prevê um novo modelo de afectação do montante das coimas de trânsito aplicadas nos Açores, para dotar a PSP e a GNR de melhores meios para o desempenho das suas missões na Região Autónoma.
Assim se vê, com dados concretos, quem trabalha para resolver os problemas dos Açores e quem se limita ao absurdo político para esconder a total inoperância.