A posição foi hoje defendida na ilha Graciosa por Ricardo Rodrigues, candidato socialista à Assembleia da República pelo círculo regional dos Açores.
Ricardo Rodrigues defendeu hoje que o Serviço Nacional de Saúde deverá permanecer “tendencialmente gratuito”, rejeitando a ideia de que apenas os ricos possam ter acesso aos cuidados de saúde. O candidato falava hoje, na Ilha Graciosa, após visita ao novo centro de saúde da ilha branca.
Para Ricardo Rodrigues, a principal diferença entre os dois principais partidos para as próximas eleições legislativas, no que concerne à área da saúde, é que “o Partido Socialista entende que apesar de ainda haver muito a fazer na área da saúde, o Serviço Nacional de Saúde deve manter-se como tendencialmente gratuito”. Segundo revelou o candidato, “o PSD, na sua revisão constitucional, pretende retirar um direito consagrado na constituição desde 1976 – o direito a um serviço de saúde tendencialmente gratuito e acessível a todos”. Na óptica de Ricardo Rodrigues, isso significa uma clivagem do actual modelo de serviço de saúde, passando a existir uma “saúde para ricos e uma saúde para os pobres”. Essa é aliás, segundo reafirmou, uma diferença substancial entre o Partido Socialista e o PSD.
Ricardo Rodrigues considerou que “o trabalho efetuado à data não deve ser deitado por terra”, uma vez que “recuperar os atuais níveis de serviços será muito difícil”.
O candidato sublinhou o papel do Executivo Regional nesta matéria, revelando que o novo centro de saúde da Graciosa representou um investimento na ordem dos 7 milhões de euros. Todavia, segundo considerou, esta é uma “obra absolutamente necessária para a ilha, para os seus habitantes e para os seus visitantes”, concluiu.