Os deputados do PS eleitos pelo círculo da Graciosa lamentam que as jornadas do CDS/PP, realizadas na Graciosa, tenham resultado num comunicado que mais não é do que uma caixa-de-ressonância das poucas questões que ficaram por resolver na última visita estatutária do Governo à ilha.
Aliás, as conclusões destas jornadas são a negação de si próprias e revelam uma gritante contradição do CDS/PP. Por um lado, reconhece os bons investimentos públicos na Graciosa, como a recuperação das Termas do Carapacho, e, por outro, não faz mais do criticar o suposto falhanço da política de coesão.
Os deputados do PS eleitos pelo círculo da Graciosa lamentam, ainda, que o CDS/PP, acérrimo defensor da iniciativa privada, venha defender que cabe ao Governo Regional assegurar, também, as despesas com pessoal especialista para as Termas do Carapacho.
A verdade é que o Governo Regional dos Açores já assumiu a sua parte neste processo, ao ter construído e consignado, posteriormente, à iniciativa privada dois investimentos públicos de grande importância para a ilha – o novo hotel e a recuperação das termas -, num investimento superior a 10 milhões de euros.
Regista-se também que, após estas jornadas parlamentares, os deputados do CDS/PP não tenham apresentado uma única ideia ou proposta para resolver os verdadeiros problemas da Graciosa.
Por essa razão, os deputados não podem estar mais de acordo quando o Presidente do CDS/PP considera “negativo” o balanço da visita de dois dias à Graciosa. Foi, de facto, um momento que poderia ter sido melhor aproveitado em prol dos graciosenses, em vez do tradicional muro das lamentações.