O Presidente do PS/Açores salientou esta manhã que “o que incumbe à nova liderança do PS, com o apoio de todos nós, não é gastar energias a demonstrar que o actual governo não é bom, mas sim a demonstrar que o novo Partido Socialista no Governo seria diferente e melhor”.
Palavras de Carlos César na intervenção que fez este Sábado, no XVIII Congresso do Partido Socialista, que decorre em Braga.
O líder do Partido Socialista dos Açores criticou a actual governação do país, afirmando que “pede mais a quem não deve, não pede a quem pode e dá a quem não precisa”. Carlos César garantiu no entanto que “é possível sacrificar menos muitos portugueses se o Governo pensar mais em Portugal do que no calendário eleitoral”.
Para Carlos César “há outras formas de poupar, de racionalizar, de promover eficiências e de honrar compromissos externos perante os que nos auxiliam, evitando a vulgarização da fome e da indigência entre os mais desprotegidos, e a destruição da autonomia das famílias que tinham os rendimentos disponíveis mínimos para se auto-determinarem “, havendo por isso “outras soluções, e estas nem sequer podem ser vistas como um desvio comprometedor às obrigações que contraímos face à assistência externa”.
Essa outra forma, disse o Presidente dos socialistas açorianos, é “o caminho exigente que o PS deve trabalhar, demonstrar e aclarar”, demonstrando que “é possível salvaguardar Portugal sem ferir com tanta gravidade os portugueses”.
Lembrando que “nenhum outro partido como o PS fez tanto e tão bem por Portugal desde o 25 de Abril”, Carlos César apelou aos congressistas para que o PS “mude e acompanhe as mudanças que também ocorrem na sociedade portuguesa”, procurando “a ética, a idoneidade, o inconformismo e o reformismo, a inovação e a proximidade social” e fazendo assim a necessária renovação, encarando-a “como um acto que lhe é natural, que alimenta o seu crescimento com novas pessoas e com novas ideias”.
Carlos César entende por isso que “é bom que o PS se deixe apoderar pelas novas gerações, e que estas ajudem a refundação dos seus valores”.
O líder socialista açoriano garante não esquecer que “as responsabilidades do PS também são acrescidas por alguns erros e omissões”, mas adiantou que “não devemos permitir que todos os nossos erros obscureçam as nossas virtudes e a nossa História”, uma vez que “o PS deve ter orgulho em todo o património de aquisições, de progressos, de reformas positivas, de fomento de justiças e de introdução de modernidades que semeámos na nossa cultura, na nossa economia e na nossa sociedade, e que fazem e farão parte no julgamento da nossa história”.
Carlos César saudou por isso o novo Secretário-Geral do Partido Socialista, salientando que “a sua afirmação será sempre a confirmação do PS”.