A deputada do PS/Açores, Catarina Furtado, lamentou hoje que a oposição encare a reestruturação da rede escolar da Região apenas como uma questão de mera logística, esquecendo o mais importante: a parte pedagógica dos alunos açorianos.
“É uma irresponsabilidade dos vários partidos em abordar esta questão desta forma, quando apenas referem uma parte, sem atender ao mais importante da reestruturação escolar: os alunos e ao seu bem-estar”, adiantou a parlamentar socialista.
Catarina Furtado, que falava no plenário que está a decorrer na cidade da Horta, assegurou que o encerramento de algumas escolas nos Açores foi “programada e planeada” e, acima de tudo, “centrada nas crianças e jovens que fazem parte do sistema educativo”.
“Efectivamente o ano lectivo abriu normalmente. O único protesto foi no dia de inauguração de uma escola totalmente requalificada e não pelo encerramento e qualquer escola”, mas por uma suposta falta de pessoal, recordou Catarina Furtado.
Segundo disse, “uma escola não pode estar aberta com cinco, seis ou sete alunos. As crianças precisam de condições pedagógicas, ao contrário do que diz o Bloco de Esquerda, que confundiu pedagogia com logística e a demagogia”.
No debate de hoje, a deputada do PS/Açores lamentou que, nesta matéria, o Bloco de Esquerda tivesse utilizado o voto de protesto, uma figura regimental que impede, à luz das regras do Parlamento, um verdadeiro debate e que o Governo Regional se pronuncie sobre a matéria em causa.
De acordo com o Grupo Parlamentar socialista, a reestruturação da rede escolar da região em nada compromete o bem-estar das crianças, sendo, pelo contrário, um factor de promoção do seu desenvolvimento.
Com esta reestruturação, o Governo Regional promove a melhoria das condições de aprendizagem das crianças, para que possam estar integradas em verdadeiras turmas, e não em turmas que condicionam o seu sucesso escolar futuro.
Com a transferência de escola, os alunos viram melhoradas as suas condições de aprendizagem, ao mesmo tempo que têm assegurado o transporte em segurança e uma alimentação saudável.
Esta decisão do Governo Regional não assenta em critérios economicistas. Na maioria dos casos, sai mais caro ao Governo o encerramento de uma escola do que a manter aberta para uma dúzia de alunos.