O líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores desafiou, esta sexta-feira, o PSD/Açores a apoiar o Plano e Orçamento para 2012, documentos do Governo Regional que têm uma forte componente de apoio às famílias e às empresas açorianas.
“Se o PSD/Açores quiser ser coerente com o que tem afirmado, tem de apoiar o Plano e Orçamente e tem de decidir se quer estar ao lado dos açorianos ou se quer continuar ao lado do PSD de Pedro Passos Coelho”, afirmou Berto Messias aos jornalistas, em Ponta Delgada.
Após uma reunião com a Administração da EDA, que serviu para conhecer os investimentos da empresa em energias renováveis, o Presidente da bancada socialista adiantou que o PSD/Açores, que se diz preocupado com a situação das famílias e das empresas, tem, na votação do Plano e Orçamento, a oportunidade de provar que é coerente com o seu discurso.
“O que se espera é que o PSD/Açores possa apoiar o Plano e o Orçamento, documentos que demonstram preocupações sociais, de apoio às famílias nesta fase mais difícil, agravada pelas medidas nacionais de austeridade, assim como de alavancagem da economia”, afirmou Berto Messias.
Após o encontro com os responsáveis da eléctrica açoriana, o líder parlamentar socialista desafiou, ainda, o maior partido da oposição a parar com a “espiral demagógica” em que está enredado, nomeadamente sobre a necessidade de cortar nas supostas “gorduras” da Administração Regional.
“O Orçamento que o Governo Regional apresenta para 2012 tem uma redução de 33 milhões de euros nas despesas de funcionamento da Administração Regional”, salientou Berto Messias, recordando, ainda, a decisão do executivo de Carlos César de reduzir a participação da Região em 21 empresas.
No encontro com a Administração da EDA, o deputado do PS/Açores manifestou, também, a sua satisfação pelos investimentos da empresa nas energias renováveis, que vão permitir, em 2015, obter cerca de 50 por cento de penetração de renováveis nos Açores em 2015.
“Esta estratégia tem impactos muito importantes nos Açores, tendo em conta a considerável redução de importações de combustíveis fósseis”, frisou Berto Messias, que rejeitou as declarações recentes da líder do PSD/Açores sobre esta matéria.
“Muito recentemente, a Presidente do PSD/Açores afirmou, com desonestidade intelectual e política nunca vista, que não havia nos Açores uma política energética e ambiental séria”, lamentou Berto Messias, que questionou se a “Dr.ª Berta Cabral não estaria a pensar na EDA velha dos anos 80, quando ela própria desempenhava funções no conselho de administração”.