A Educação vai continuar a ser uma prioridade do Governo Regional dos Açores em 2012, que decidiu, por isso, não efectuar cortes neste sector com a dimensão que se verifica no resto do país, garantiu a deputada do PS/Açores, Catarina Furtado.
“A Educação foi e é uma prioridade nos Açores, ao contrário do que acontece noutras paragens ao abrigo do guarda-chuva da crise e da troika, onde os cortes são de tal ordem que só podem ser sinónimo de desorientação e falta de estima e cuidado para com a educação e o ensino público”, afirmou a parlamentar socialista.
No debate sobre as propostas de Plano e Orçamento para 2012, Catarina Furtado salientou que os Açores dispõem, actualmente, da “geração mais bem preparada de sempre, que, talvez pela primeira vez na História, não se sente isolada do mundo, mas, sim, como parte integrante de um mundo global, através do acesso às novas tecnologias”.
“Este é o capital mais valioso dos Açores. Este Governo nunca teve um discurso resignado na Educação. Podia ter considerado como o PSD/Açores, que acha que os males dos Açores são uma inevitabilidade”, alegou a parlamentar do PS/Açores.
Perante os deputados açorianos, Catarina Furtado assegurou que, na Educação, como em várias outros sectores, o “Governo Regional foi arrojado, competente e mesmo inovador ao nível do país”.
“São vários os exemplos em que liderámos, como no caso dos estatutos, em que o resto do país veio aos Açores beber os princípios e replicar as soluções”, lembrou a deputada, para quem o Governo Regional não segmentou também a Educação.
“O Ensino regular e o profissional não são, como já foram, antagónicos. Não são, como já foram, um para os bons alunos e o outro para quem não queria estudar”, afirmou a deputada do PS/Açores, que preside à Comissão de Assuntos Sociais.
No primeiro dia do debate parlamentar, Catarina Furtado salientou que o Governo e o PS recusaram sempre “estes estigmas, valorizaram o ensino profissional, elevando-o ao patamar que os jovens formandos merecem e que responderam com competência e prémios nacionais e internacionais nos concursos mais exigentes das profissões.
“Construímos escolas em todas as ilhas, renovámos currículos, estabilizámos o corpo docente, contratámos profissionais para as escolas, equipámos ginásios, laboratórios e refeitórios e valorizámos cada aluno como ele é”, garantiu a deputada do PS/Açores.
Depois de salientar o diálogo permanente com os professores, com os pais e encarregados de educação e demais instituições envolvidas na comunidade educativa, Catarina Furtado adiantou que a política de Educação permitiu que as “escolas deixassem de ser armazéns de alunos, entregues de manhã pelos encarregados de educação e levantados ao final do dia”.
“Estamos, como de resto sempre estivemos, convictos de que a Educação nunca é uma despesa, mas sim um investimento, assumido com orgulho pelos governos do PS/Açores”, defendeu a deputada socialista, ao concluir que, pelo contrário, o Governo da República mal chegou ao poder cortou a torto e a direito na Educação.
“Parou a requalificação do parque escolar, cortou drasticamente no número de professores mesmo que para isso esteja a equacionar a extinção de disciplinas, fusão de outras, diminuição de carga lectiva de outras ainda, fazendo um retrocesso que só encontra paralelo na reforma feita durante o Estado Novo, onde todos sabemos que relativamente à educação bastava saber ler e escrever”, lamentou.