O líder parlamentar do PS/Açores lamentou, esta sexta-feira, que a situação financeira da Madeira, que resultou da irresponsabilidade da governação social-democrata, possa colocar em causa princípios básicos da Autonomia Regional.
“A situação que se vive hoje na Madeira decorre, única e exclusivamente, da irresponsabilidade e da megalomania do modelo de governação seguido pelo PSD/Madeira”, afirmou Berto Messias no Funchal.
O deputado do PS/Açores falava numa conferência de imprensa conjunta com o líder parlamentar do PS/Madeira, Carlos Pereira, que marcou o arranque das primeiras jornadas parlamentares do PS/Madeira da nova Legislatura.
Segundo disse, por causa do programa de assistência financeira à Madeira, que resultou da governação de Alberto João Jardim, poderão estar em causa ganhos autonómicos e princípios elementares da Autonomia da Política e Administrativa das Regiões.
“O PS/Açores está solidário com os madeirenses, porque não confunde as pessoas com as irresponsabilidades do PSD/Madeira. Não temos dúvidas que a sociedade civil da Madeira tem muita gente com grande valor que conseguirá dar a volta à situação”, afirmou Berto Messias, ao lamentar que seja o povo da Madeira a ter de suportar os custos do modelo de governação do PSD.
Na conferência de imprensa, o líder parlamentar açoriano recordou ainda que, em Março de 2011, perante os dados disponibilizados numas jornadas socialistas conjuntas, já tinha alertado que a Madeira estaria na eminência de um colapso financeiro que poderia extravasar para uma situação de colapso social, com compromissos financeiros futuros de 6 mil milhões de euros.
“Infelizmente o tempo deu-nos razão, como se viu uns meses mais tarde”, disse Berto Messias aos jornalistas.
Na conferência de imprensa, o deputado do PS/Açores salientou também que, nos Açores, o Governo Regional e o Partido Socialista têm trabalhado para por a Autonomia ao serviço das pessoas, nomeadamente, através de várias medidas e programas regionais destinados aos açorianos e às empresas.
Segundo disse, esta estratégia tem sido possível desenvolver porque os Açores apresentam umas finanças públicas equilibradas, o que já foi atestado por várias entidades idóneas e externas.
“Um açoriano deve, em média, seis vezes menos do que um cidadão do continente e cinco vezes menos do que um cidadão madeirense”, garantiu Berto Messias.
Recordou que, nos Açores, existem vários mecanismos de apoio social, como a remuneração compensatória, o complemento de pensão para idosos, o complemento regional de abono de família, a remuneração complementar para funcionários públicos e um Fundo de Emergência Social para situações de desprotecção súbitas.