“Já todos perceberam que o PSD Açores é igual ao PSD Nacional e ao PSD Madeira.
A Madeira era a grande referência do PSD Açores. Quem não se lembra das afirmações de dirigentes do PSD que diziam que quem queria ver sistemas de saúde e de educação a funcionar era na Madeira e propunham que se devia criar em todas as ilhas as mesmas sociedades de desenvolvimento que se criaram nos Concelhos da Madeira. O resultado está a vista, um buraco financeiro de mais de 8 mil milhões de euros e grandes dificuldades para os madeirenses”, afirmou Berto Messias no Parlamento dos Açores.
Na discussão do Projecto de Resolução para a criação de uma comissão para acompanhamento das medidas do Governo de combate ao desemprego apresentada pelo PSD, Berto Messias constatou que esta iniciativa não acrescenta nada e é redundante pois “já existe, nos Açores, em funcionamento um Conselho Regional de Concertação Estratégica que pode e deve fazer este trabalho e estamos certos que os nossos parceiros sociais que tem tido um importante papel nos contributos que dão para o combate ao desemprego, continuarão a desenvolver um bom trabalho nessa área.
Segundo o deputado socialista, “esta proposta do PSD é o reconhecimento que as medidas de combate ao desemprego, apresentadas pelo Governo Regional dos Açores, são adequadas e correctas, porque se assim não fosse aquilo que se esperava era que o PSD /Açores trouxesse propostas concretas de combate ao desemprego e lamento que o único contributo que este Partido dá a esta questão é uma mera comissão de acompanhamento”
O líder da bancada socialista sustentou que o “desemprego é o resultado de uma conjuntura externa extremamente desfavorável e de um quadro nacional de extrema austeridade que condiciona largamente a vida dos portugueses e a dos Açorianos”.
Segundo Berto Messias, as promessas do PSD são um falhanço “pois há nove meses apregoavam que iam mudar o futuro do país para melhor, mas as suas políticas têm sido a prova que a recessão leva a mais recessão”.
“Dados preliminares já conhecidos constatam que nos primeiros dois meses, deste ano, as receitas dos impostos desceram 5% e a despesa do Estado aumentou, “revelando que o país está muito pior do que estava antes das eleições legislativas nacionais do ano passado e que o corte nas “gorduras do Estado” tem sido um fracasso.
Messias disse ainda que “encaramos o combate ao desemprego como um debate crucial e um grande desafio, prova disso são as 24 medidas de apoio as empresas e aos trabalhadores que o Governo apresentou e não encaramos esta questão com propostas que não acrescentam nada, nem com a demagogia e populismo que nos tem sido oferecidos em abundância pela líder do PSD Açores, por exemplo quando afirma que os Açores precisam de menos políticos a tempo inteiro quando ela própria tem cargos políticos há 30 anos. Este tipo de afirmações faz lembrar Passos Coelho antes das eleições que depois tem feito tudo exactamente ao contrário do que disse”.