Dentro de, aproximadamente, seis meses, realizar-se-ão as eleições para a Assembleia Legislativa dos Açores.
Como é público, sou candidato a Presidente do Governo na Legislatura que então se iniciará, liderando um projeto político que se alicerça na Responsabilidade, na Verdade e na Confiança.
Ao longo dos últimos seis meses, tenho conduzido a minha candidatura não confundindo a qualidade de líder desse projeto com a qualidade de Secretário Regional do Governo Regional que está em funções.
Julgo que tenho-o conseguido e, com os dados que tenho, conseguido com sucesso.
Tenho-o feito respeitando, escrupulosamente, a letra e o espírito da lei, e, tão ou mais importante, a Confiança que, quer num caso, quer noutro, os meus concidadãos depositam em mim.
Porém, a questão não está, julgo importante deixá-lo claro, na lei, a qual não obriga a prescindir de qualquer das condições, respeitados que sejam, como efetivamente têm sido, os deveres da imparcialidade, da isenção e da correta gestão dos recursos públicos.
A questão está sim, sobretudo quando pela primeira vez um Secretário Regional em funções é candidato a Presidente do Governo, ao nível do entendimento que eu tenho sobre esta matéria.
A questão coloca-se, quanto a mim, no âmbito dos valores da Responsabilidade, da Verdade e da Confiança pelos quais sempre procurei conduzir a minha atividade política e que norteiam a minha candidatura a Presidente do Governo.
É, pois, desses valores que hoje quero ser testemunho.
Testemunho do valor da Responsabilidade porque, a seis meses do ato eleitoral, sei que as solicitações da minha candidatura vão aumentar e a minha presença na mesma é imperativa.
Não quero, por isso, que surja qualquer dúvida, nem quanto ao meu compromisso com o projeto de futuro que lidero, nem quanto ao cuidado, à atenção e ao empenho que, como tenho conseguido fazer até hoje, são essenciais para garantir o desempenho de um cargo executivo.
Testemunho do valor da Verdade porque, como político, entendo ser meu dever, mais do que garantir o cumprimento da lei na convivência entre as condições de Secretário Regional e candidato a Presidente do Governo, tornar inequivocamente claro às Açorianas e Açorianos que não existiu, não existe, nem existirá qualquer benefício retirado para a minha candidatura.
Testemunho do valor da Confiança, porque sei que ela se constrói com atos e não apenas com palavras.
É por isso que hoje, a cerca de seis meses das eleições, quero tornar público que solicitei ao Senhor Presidente do Governo que me dispensasse das minhas funções de Secretário Regional da Economia.
Manter-me-ei em funções de forma a que, nos termos legalmente previstos, a minha substituição ocorra perante a Assembleia Legislativa da Região, cujo Plenário reunirá na próxima semana.