O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, José San-Bento, considerou que o PSD não tem legitimidade para apresentar propostas no âmbito das políticas de coesão do arquipélago, pois no seio da sua governação essa matéria tem sido um falhanço.
“Num território de continuidade geográfica que tem metade das suas freguesias a perder população e onde é incomparavelmente mais fácil e mais barato promover a coesão, como é o caso do Concelho de Ponta Delgada, o falhanço das políticas de coesão do PSD/Açores é notório”, destacou San-Bento.
No debate,desta quarta-feira, o parlamentar socialista destacou o legado do PS/Açores em matéria de coesão e elencou alguns dos principais contributos que o partido tem tido nessa matéria, nomeadamente” a aprovação da lei de finanças regionais em 1998, as reduções fiscais que realizamos em 1999,discriminando as ilhas mais pequenas, a aprovação do PRODESA em 1999 e o estatuto de ultraperiferia consagrado na União Europeia, resultante de uma luta do PS junto do Governo da República para implementar mais coesão nos Açores”.
“O estatuto das ilhas de coesão, o estatuto e aprovação do próprio QRESA e, também, a lei de finanças regionais revista em 2007, que trouxe a discriminação positiva que acabou com uma grande injustiça que decorria do tratamento igual entre os Açores e a Madeira, face a duas regiões incomparavelmente diferentes " são outras das propostas do PS que fazem parte do vasto património das políticas de coesão do arquipélago.
Segundo o vice-presidente da bancada socialista, “o PS/Açores tem uma obra, tem património e tem muito orgulho naquilo que faz pela coesão dos Açores”, políticas que contrastam com os anseios do Primeiro-Ministro “que veio aos Açores dizer que é preciso ultrapassar os constrangimentos geográficos da região, mas que só não sabe quando”. “O PS sabe como, está a fazer e vai continuar a implementar medidas que podem, efectivamente promover o nosso desenvolvimento e afirmar a coesão dos Açores”, acrescentou.
Na sessão plenária de Abril, o deputado José San-Bento disse, ainda, estar consciente que “há índices de desigualdades nas nossas ilhas que são incompatíveis com o projeto de sociedade que queremos para os Açores do futuro”.
“Sabemos que falta fazer muito, mas, também, temos um enorme património politico para apresentar, e por isso merecemos a confiança dos açorianos para continuar a governar e para continuar a desenvolver o nosso arquipélago”, concluiu.