O líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, afirmou que o Governo da República tem a obrigação de informar os açorianos de quais os serviços que pretende encerrar.
“Foram encerradas as Finanças da Calheta, querem encerrar o Tribunal da Povoação e do Nordeste, fala-se em fechar mais serviços de finanças, exigimos saber quais as reais intenções do Governo da República sobre esses serviços e sobre a sua responsabilidade quanto aos serviços que mantém na Região, mas que diga já frontalmente e com coragem e não imponha esse tipo de decisões de forma escondida e furtiva como fez na Calheta de São Jorge”, afirmou Berto Messias, no Parlamento açoriano.
Berto Messias referiu-se ainda ao facto de “o PSD/Açores tentar criar cortinas de fumo a dizer que defende os Açorianos e os Açores para tentar disfarçar o incómodo que tem com os seus companheiros do PSD de Lisboa pelas medidas que estão a tomar no encerramento de serviços públicos da competência do Governo Central na Região”.
“O PSD Açores está mais preocupado em defender-se a si próprio e minimizar os danos partidários e eleitorais das medidas impostas aos açorianos pelo Governo da República, e vem, tacticamente, apresentar propostas para camuflar essa mesma posição”, defendeu Berto Messias.
Num debate sobre uma proposta do PSD referente à acção do Governo Regional e Governo da República sobre serviços de proximidade, Berto Messias apelou ao PSD que “não se deixem cegar pela ânsia constante de guerrilha e maledicência contra o PS e o Governo Regional. Sejam corajosos e façam uma proposta dirigida ao Governo da República afirmando a vossa discordância com o encerramento dos serviços do Estado na Região, apesar de serem do vosso partido. Não sejam medrosos, afirmem a defesa da nossa Região, em detrimento dos vossos interesses partidários e nos teremos muito gosto em apoiar a vossa proposta”.
O PSD Açores não alterou a sua proposta.