O candidato do PS/Açores à Presidência do Governo Regional garantiu que o Partido Socialista está “pronto e decidido” a manter todas as medidas de apoio social e fiscal às famílias e às empresas e lamentou que o PSD esteja preso à estratégia de “anunciar o caos e a desgraça” na Região.
“Há uma conclusão que se impõe fazer neste debate: o PSD/Açores confessa-se incapaz e impotente para manter o nível de apoio fiscal e social às famílias e às empresas açorianas. O Partido Socialista está pronto e decidido a manter a boa gestão das nossas finanças públicas e todas as medidas de apoio social e fiscal às famílias e às empresas da nossa Região”, afirmou Vasco Cordeiro.
O parlamentar socialista falava no debate de urgência solicitado pelo PSD sobre o relatório da Inspecção-Geral das Finanças (IGF). Segundo disse, o promotor desta iniciativa parlamentar limitou-se, assim, a “anunciar o caos, a desgraça e o quanto pior melhor. É, aliás, esta a coluna vertebral da estratégia política do PSD”.
Vasco Cordeiro recordou que, para o PSD, não interessa que o relatório da IGF diga que, no geral, a situação financeira da Região é comportável para que seja a própria Região a gerir a Autonomia Regional, assim como não interessa que o mesmo relatório diga que os Açores não apresentam riscos orçamentais que impliquem apoios significativos da República.
“Aqui, neste debate, o que interessa ao promotor desta iniciativa é dizer que os Açores estão à beira do precipício para que surja como salvador”, afirmou o deputado do PS/Açores, ao recordar que os “Açorianos já conhecem este filme na República com Durão Barroso e com Pedro Passos Coelho”.
“Os Açorianos sabem onde é que este caminho vai dar porque sabem o que está a acontecer com o Governo da República e, com este debate, fica demonstrado que o PSD/Açores se preparava para fazer na Região o que o Governo da República está a fazer no país”, afirmou.
Na sequência do debate parlamentar desta quarta-feira, Vasco Cordeiro considerou que, em suma, o PSD/Açores “disse às famílias açorianas que isso está uma desgraça e que vai ter de aumentar impostos. Disse aos empresários que isso está uma desgraça, do ponto de vista das finanças públicas, e que vai ter de aumentar os impostos. Disse aos idosos que a situação está catastrófica e que, se porventura fosse Governo, teria de diminuir as prestações sociais”.
“Os dados estão claros, através de relatórios do Tribunal de Contas e da Inspecção-Geral de Finanças”, garantiu Vasco Cordeiro, ao salientar que “ninguém pode dizer que não conhece a situação financeira da Região”.
“É com base neste conhecimento que, em nome do Partido Socialista, eu reafirmo que temos condições para manter os impostos mais baixos nos Açores do que no continente e na Madeira e para termos prestações sociais, como os Complementos Regional de Pensão (cheque pequenino) e de Abono de Família e o apoio aos idosos para a compra de medicamentos”, disse.
Para Vasco Cordeiro, há uma “incongruência cruel” nesta estratégia do PSD: vai chegar a uma altura em que terá de optar por dizer que as finanças públicas estão más e que vai ter de sacrificar os impostos mais baixos e as prestações sociais, ou vai ter que dizer que, afinal, a situação das finanças públicas não é má e que, por isso, afinal conseguiria manter os impostos mais baixos e as prestações sociais”.